Anvisa proíbe mamadeiras com bisfenol A no Brasil
A agência estabeleceu um prazo de três meses para que fabricantes e importadores cumpram a determinação.
Synésio Batista Costa, presidente da Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo), diz que "a decisão causa revolta".
"A Anvisa não nos ouviu e tomou a decisão sozinha, como uma divindade. É impossível retirar milhões de mamadeiras num prazo tão curto", afirma. Para ele, o tempo ideal seria de três anos.
Costa diz ainda que, desde outubro de 2010, a indústria não fabrica mais mamadeiras com bisfenol no país, por iniciativa própria.
"Nós somos a favor da medida e agimos antes. Mas a agência tem de me deixar vender o estoque. Não está provado que a substância causa mal e não há nenhum relato de acidente até hoje."
Miguel Bahiense, presidente da Plastivida - Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, tem a mesma posição. "Se a indústria já estava sinalizando que era a favor da mudança, e já que a Anvisa não nos ouviu, teria de haver bom senso para estabelecer prazos viáveis. Não há estudos mostrando que há perigo iminente", diz.
Bahiense lembra também que nem todo plástico contém bisfenol.
Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, a decisão foi tomada com base no risco do produto à saúde.
Para a Vigilância Sanitária, o prazo dado à indústria é suficiente para que sejam feitas as adaptações.
O órgão afirma que o assunto não é novo e que, durante as discussões, houve reuniões e diálogo com os fabricantes do setor.
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