Marta agradeceu à presidente Dilma Rousseff pelo convite, a quem disse admirar por ser uma mulher "forte, arretada e competente".
"Muito me honra o convite para ocupar o cargo de ministra. É a possibilidade de participar mais de perto de um governo que tenho orgulho de ter ajudado a eleger e ter defendido no Senado. Também a realização de trabalhar em uma área que aprecio e sei da relevância. Sobretudo, trabalhar sob o comando de mulher forte, arretada e competente a quem eu tanto admiro", afirmou.
A ministra também dedicou parte de seu discurso para elogiar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), responsável por criar o Ministério da Cultura enquanto esteve na Presidência da República.
Marta disse que o peemedebista teve uma "visão de estadista" também por ter nomeado o ex-ministro Celso Furtado, responsável por criar a primeira lei de incentivo à cultura que vigorou no país. "Agradeço também o presidente Sarney por compartilhar seu apoio e amizade nesses quase dois anos de convivência [no Senado]."
Marta Suplicy (PT) no plenário do Senado no dia em que foi indicada para assumir o Ministério da Cultura |
Marta citou, no discurso, ex-ministros da Cultura do governo Lula --como Gilberto Gil e Juca Ferreira. Não mencionou ações nem antecessores da pasta na gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Disse que, a partir do governo Lula, o ministério "mudou paradigmas" e passou a dar a devida importância para a participação da sociedade na política cultural brasileira.
A ministra chamou de "povo das artes" os artistas e representantes da área cultural presentes na cerimônia. Reiterou que vai "deixar uma marca" cultural no governo da presidente Dilma e cobrou da Câmara a aprovação do projeto que cria o vale cultura - ao pedir o "mesmo empenho" do Senado que ontem à noite aprovou em tempo recorde a criação do Sistema Nacional de Cultura para fortalecer sua ida para o ministério.
"Os nossos artistas têm que poder viver de sua arte", disse.
Marta prometeu dar o "melhor" de si para a "construção de um novo tempo para a cultura brasileira".FOLHA DE S.PAULO
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