Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Os médicos estão analisando a possibilidade de cirurgia, o que poderá acontecer apenas daqui a nove meses. Enquanto isso, a mãe Elsivânia Katia, de 27 anos, e o pai Gutemberg Matias Alves, 26, que residem no município de Alto do Rodrigues, estão se adaptando à nova vida que agora exige muito mais cuidados com as bebês.
Segundo o médico neurocirurgião que está à frente do caso das siamesas, Ângelo Raimundo da Silva, está descartada a possibilidade de uma cirurgia de separação agora. O procedimento deverá acontecer lá pelo 8º ou 9º mês. “A fase agora não é operar as crianças. Elas precisam crescer e ficar fortes porque quando se corta osso sangra-se muito e seria difícil suportar uma cirurgia dessas”. Queremos fazer o estudo completo das crianças e encaminhar para outro estado porque, no Rio Grande do Norte, não há hospitais com estrutura para isso. O ideal seria um ambiente universitário onde poderá utilizar um time de especialistas.
Gêmeas, nascidas há 10 dias, são ligadas pelo cóccix. |
O médico diz que ainda não tinha visto casos de pigópagos com o sistema nervoso unido. O cirurgião deverá escolher qual nervo ficará com qual criança o que poderá resultar em debilidade de algum membro. Como o ânus é único, uma criança poderá ficar com uma colostomia. “Elas podem até viver juntas para o resto da vida, mas o ideal é que realmente seja feita a separação”, complementa ele.DIÁRIO DE PE
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