Por Daniel Ferreira
A
Articulação no Semiárido pernambucano (ASA-PE) realizará na próxima
quinta-feira (18), no município de Salgueiro, Sertão Central, um ato
público para cobrar do Governo do Estado agilidade na liberação das
medidas emergenciais de combate aos efeitos da estiagem e na
implementação de ações estruturantes para convivência com o Semiárido
pernambucano. A mobilização acontecerá a partir das 9h, no Ginásio
Poliesportivo da cidade, e contará com a presença de mais de mil
pessoas, entre agricultores/as, lideranças políticas, além de
representantes da sociedade civil organizada, de movimentos sociais e de
instituições que compõem a ASA-PE.
Na
ocasião, o governador Eduardo Campos estará presente para fazer o
lançamento do Programa Chapéu de Palha Estiagem. O público também poderá
acompanhar a entrega da Carta do Araripe ao governador
– documento construído durante o Encontro Estadual da ASA-PE, que
aconteceu na semana passada, na cidade de Araripina.
A
Carta política será entregue nas mãos do chefe do executivo estadual
por um representante da ASA-PE, que na oportunidade fará um discurso
reforçando o trabalho desenvolvido pelas organizações, e principalmente a
situação crítica vivenciada pelas famílias agricultoras nas regiões do
Agreste e Sertão do estado. O documento expressa as reivindicações de
caráter emergencial e estruturante propostas pela sociedade civil e por
agricultores e agricultoras.
O
acesso à água para o consumo humano e animal, a ração para os animais e
o crédito especial para os atingidos pela estiagem, são algumas das
exigências emergenciais descritas. Em relação às ações estruturantes, a
Carta política revela a necessidade de construção de infraestruturas
hídricas e de estoques de alimentos para as pessoas e os animais,
desburocratização dos créditos para agricultura familiar, recuperação e
ampliação do patrimônio genético (sementes e animais) adaptado às
condições de semiaridez, além de um plano de emergência estruturado
para futuras grandes secas.
“Na
verdade, o documento que será entregue não traz nada de novo para o
governo, apenas reforça a pauta de reivindicações da sociedade civil,
mas com o olhar, sobretudo para a conjuntura atual de seca. Isso
significa que juntos precisamos avançar em defesa das políticas
estruturantes e contra a lógica de combate à seca, já que esta é uma
realidade perfeitamente previsível”, explica a coordenadora executiva da
ASA-PE, Neilda Pereira.
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