Tida
como cidade pacata, com seus 35 mil habitantes, apesar da condição de
pólo geográfico do Pajeú, Afogados da Ingazeira viu pela primeira vez
neste sábado uma ação com tamanha violência contra uma instituição
bancária. A explosão do Santander não deixou vítimas, mas muita gente
ficou assustada.
Até
então, a ação mais ousada registrada na história recente foi a de
homens que dominaram a família de um Gerente do Banco do Brasil
fazendo-a refém em troca de dinheiro, que acabou frustrada, a seis anos.
Explosão do Itaú de Serra Talhada, em 08 de dezembro
O modus operanti
foi o mesmo verificado na explosão do Banco Itaú de Serra Talhada, na
madrugada do dia 08 de dezembro passado, e do Santander de Arcoverde, na
madrugada de ontem. Com o cerco sendo fechado à criminalidade em
grandes centros, como o Rio e São Paulo, a inteligência das polícias tem
apurado a migração de criminosos para cidades do interior, geralmente
mais desprovidas de segurança especializada e polícia em quantidade.
Pode estar aí a explicação para o aumento da incidência dessa modalidade
de crime.
No
Pajeú, cidades como Itapetim e Santa Terezinha haviam sido alvo de
ações semelhantes e a avaliação das autoridades era de que a área de
fronteira com a Paraíba facilitava a fuga. Agora, os criminosos estão
fazendo alvo cidades médias, nem sempre a poucos quilômetros de uma boa
rota de fuga. As explosões acontecem sempre de madrugada, quando não há
nenhuma vigilância, com exceção de câmeras de segurança, que muitas
vezes são danificadas com a força da ação. Os últimos crimes desta
natureza, em três cidades do Sertão em um espaço de praticamente vinte
dias, alertam para a necessidade gritante de mais segurança por aqui.
Em todos os casos, ninguém foi preso.
Santander Arcoverde, na madrugada desta sexta (28)
Santander de Afogados da Ingazeira, na madrugada do sábado (29)
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Nill Júnior
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sábado, 29 de dezembro de 2012
AÇÕES NO ITAÚ SERRA TALHADA, SANTANDER ARCOVERDE E AFOGADOS TEM MESMAS CARACTERÍSTICAS
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