sábado, 29 de dezembro de 2012

AÇÕES NO ITAÚ SERRA TALHADA, SANTANDER ARCOVERDE E AFOGADOS TEM MESMAS CARACTERÍSTICAS

Tida como cidade pacata, com seus 35 mil habitantes, apesar da condição de pólo geográfico do Pajeú, Afogados da Ingazeira viu pela primeira vez neste sábado uma ação com tamanha violência contra uma instituição bancária. A explosão do Santander não deixou vítimas, mas muita gente ficou assustada.
Até então, a ação mais ousada registrada na história recente foi a de homens que dominaram a família de um Gerente do Banco do Brasil fazendo-a refém em troca de dinheiro, que acabou frustrada, a seis anos.
Explosão do Itaú de Serra Talhada, em 08 de dezembro
O modus operanti foi o mesmo verificado na explosão do Banco Itaú de Serra Talhada, na madrugada do dia 08 de dezembro passado, e do Santander de Arcoverde, na madrugada de ontem. Com o cerco sendo fechado à criminalidade em grandes centros, como o Rio e São Paulo, a inteligência das polícias tem apurado a migração de criminosos para cidades do interior, geralmente mais desprovidas de segurança especializada e polícia em quantidade. Pode estar aí a explicação para o aumento da incidência dessa modalidade de crime.
No Pajeú, cidades como Itapetim e Santa Terezinha haviam sido alvo de ações semelhantes e a avaliação das autoridades era de que a área de fronteira com a Paraíba facilitava a fuga. Agora, os criminosos estão fazendo alvo cidades médias, nem sempre a poucos quilômetros de uma boa rota de fuga. As explosões acontecem sempre de madrugada, quando não há nenhuma vigilância, com exceção de câmeras de segurança, que muitas vezes são danificadas com a força da ação. Os últimos crimes desta natureza, em três cidades do Sertão em um espaço de praticamente vinte dias,  alertam para a necessidade gritante de mais segurança por aqui. Em todos os casos,  ninguém foi preso.

Santander Arcoverde, na madrugada desta sexta (28)
Santander de Afogados da Ingazeira, na madrugada do sábado (29)
 
 
Nill Júnior

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