quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Por celular, detento de presídio da Capital ordena morte de rival; ouça

Elvis Carneiro / Novato
Elvis Carneiro / NovatoNovato executor do crime
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça paraibana - que fazem parte das investigações da Polícia Civil sobre o tráfico de drogas em João Pessoa e na região metropolitana da Capital - mostram a facilidade da comunicação entre traficantes presos e seus comparsas do lado de fora dos presídios paraibanos.
O Portal Correio teve acesso com exclusividade a duas interceptações telefônicas, feitas durante 20 dias de investigações, onde um apenado da Penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, encomenda a morte de um rival. Em outro trecho da gravação, é possível ouvir a ordem para execução, os tiros e a comemoração do assassinato. São escutados diversos disparos de arma de fogo.
Elvis conversando com o comparsa
Homem sendo morto e comemoração
No áudio, é possível ouvir o presidiário Elvis Carneiro da Silva – que responde a cinco homicídios e teria ordenado à morte de mais sete – dá instruções como o seu comparsa, identificado como Roberto Rosemberg Silva de Farias (Novato ou Neguinho), proceder para a execução. Severino Ramos dos Santos, conhecido como “Coroa Ramos”, que está recolhido no Presídio Sílvio Porto, integra a quadrilha de homícida.
De acordo com informações colhidas junto a Polícia Civil, ainda integram o grupo do Elvis: Rayanderson da Silva Barbosa, conhecido por “Ray ou Demônio”; Móises, Pinto, Romero Santiago da Silva, ‘o Romero’; e Elane Mendes da Silva (Galega ou Gordinha).
As escutas telefônicas integram as investigações da ‘Operação Abadir’ deflagrada durante a madrugada desta quarta-feira (12), nas cidades de João Pessoa e Cabedelo (região metropolitana da Capital).
Durante a incursão policial em vários bairros das cidades, dez pessoas foram presas em cumprimento a mandados de prisão em flagrante. Drogas, armas e dinheiro em espécie foram apreendidos.
A Polícia Civil informou que a operação teve que ser antecipada para evitar que os criminosos matassem mais pessoas. Segundo a Polícia, estavam sendo planejadas as mortes de mais sete pessoas.

A ação intitulada ‘Abadir’ – nome de origem fenícia que significa pedra – foi realizada nas duas cidades da região metropolitana da Capital. Com esta operação, o GOE conseguiu efetuar a marca de 100 prisões em cinco meses.
CORREIO DA PB

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