Gravações
telefônicas autorizadas pela Justiça paraibana - que fazem parte das
investigações da Polícia Civil sobre o tráfico de drogas em João Pessoa e
na região metropolitana da Capital - mostram a facilidade da
comunicação entre traficantes presos e seus comparsas do lado de fora
dos presídios paraibanos.
O Portal Correio teve acesso com
exclusividade a duas interceptações telefônicas, feitas durante 20 dias
de investigações, onde um apenado da Penitenciária Flósculo da Nóbrega,
conhecida como Presídio do Roger, encomenda a morte de um rival. Em
outro trecho da gravação, é possível ouvir a ordem para execução, os
tiros e a comemoração do assassinato. São escutados diversos disparos de
arma de fogo.
No
áudio, é possível ouvir o presidiário Elvis Carneiro da Silva – que
responde a cinco homicídios e teria ordenado à morte de mais sete – dá
instruções como o seu comparsa, identificado como Roberto Rosemberg
Silva de Farias (Novato ou Neguinho), proceder para a execução. Severino
Ramos dos Santos, conhecido como “Coroa Ramos”, que está recolhido no
Presídio Sílvio Porto, integra a quadrilha de homícida.
De acordo
com informações colhidas junto a Polícia Civil, ainda integram o grupo
do Elvis: Rayanderson da Silva Barbosa, conhecido por “Ray ou Demônio”;
Móises, Pinto, Romero Santiago da Silva, ‘o Romero’; e Elane Mendes da
Silva (Galega ou Gordinha).
As escutas telefônicas integram as
investigações da ‘Operação Abadir’ deflagrada durante a madrugada desta
quarta-feira (12), nas cidades de João Pessoa e Cabedelo (região
metropolitana da Capital).
Durante a incursão policial em vários
bairros das cidades, dez pessoas foram presas em cumprimento a mandados
de prisão em flagrante. Drogas, armas e dinheiro em espécie foram
apreendidos.
A Polícia Civil informou que a operação teve que ser
antecipada para evitar que os criminosos matassem mais pessoas. Segundo
a Polícia, estavam sendo planejadas as mortes de mais sete pessoas.
A
ação intitulada ‘Abadir’ – nome de origem fenícia que significa pedra –
foi realizada nas duas cidades da região metropolitana da Capital. Com
esta operação, o GOE conseguiu efetuar a marca de 100 prisões em cinco
meses.CORREIO DA PB
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