A palma, cacto nutritivo e principal alimento para o gado em período de seca, nunca teve tanto valor. Os agricultores e pecuaristas pernambucanos viajam mais de 200 quilômetros todos os dias em busca da planta. A produção deste cacto, tão resistente à seca, foi praticamente toda dizimada, em Pernambuco, por uma praga conhecida como Cochonila do Carmim.
Antônio Simão Barbosa é fazendeiro e tem um lucro inesperado com o comércio da palma. A depender do tamanho do caminhão, o preço da palma pode variar entre 150 e 800 reais. Mesmo com tanta movimentação, ele se preocupa com o futuro. "A gente não esperava vender palma desse jeito. Agora, daqui pra frente a palma está se acabando", explica.
A perspectiva para 2013, realmente não é nada animadora. De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco, Saulo Malta, em 2013 vai faltar palma em Pernambuco e em Alagoas. "E o rebanho, que será de nós? Uma redução de 50% do rebanho produtor de leite", prevê.
Dona Eurides vem de Itaíba, agreste pernambucano, e traz consigo o marido e o filho para colher a palma e sustentar as 24 cabeças de gado no sítio. "A gente tem que fazer de tudo pra os bichinhos não morrerem", diz.
O trabalho para colher a palma é diário, pesado e a volta para casa é ainda mais lenta do que a vinda. O Sr. Robério leva quatro horas para chegar em casa. "Amanhã tem de novo. Todos os dias".
G1 Pernambuco
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