A
escalada da violência está assustando os moradores de Campina Grande.
Do começo do ano até a noite desta sexta-feira (29), 63 homicídios foram
registrados na cidade, o que representa uma média de quatro
assassinatos por semana. O último crime ocorreu no bairro do Santa Cruz.
O
mototaxista Severino Marcos Alves da Silva, 53 anos, foi assassinado
com um tiro no peito, em frente ao colégio Nenzinha Cunha Lima. Ainda
não se sabe os motivos do crime. A polícia trabalha com a hipótese de
reação a assalto.
Nesta quinta-feira (28), dois pedreiros foram
assassinados às 17h30, em plena via pública, no bairro da Ramadinha. Os
dois foram executados com vários tiros por uma dupla que fugiu a pé. Nas
estatísticas deste ano, o bairro do Tambor é o mais violento, com cindo
casos registrados em 2013.
Na quarta-feira, um homem foi morto no
bairro Alto Branco, quando tentava roubar uma churrascaria. Até o
fechamento da edição, o assaltante não tinha sido identificado pela
polícia. A delegada Cassandra Duarte informou que o acusado também não
foi identificado. "O que nos foi repassado é que dois rapazes chegaram
em uma motocicleta e anunciaram o assalto".
O comandante de
Policiamento Regional I (CPR-I), coronel Marcos Sobreira, declarou que a
integração com a Polícia Civil é essencial para diminuir os índices de
violência e destacou o caso do bairro Mutirão, onde nove pessoas foram
assassinadas em 2012, mas nenhum caso foi registrado este ano. “Nós
buscamos integrar com outros órgãos, para ver se minimizamos estas
questões. Uma das prevenções é a questão social que chamamos de
prevenção primária do delito, com políticas para área social. Temos
buscado integrar as ações com a Polícia Civil, porque quando os
criminosos se tornam identificáveis, quebra-se o sentimento de
impunidade, quando se sabe que alguém foi preso, o criminoso vai pensar
duas vezes em praticar o ato”, disse.
A instalação de Unidades de
Polícia Solidária (UPS) é apontada como fundamental no combate aos
homicídios. “É uma das saídas, com a presença da polícia inserida no
contexto do bairro, vai haver naturalmente uma relação de confiança,
filosofia de fixação do efetivo no bairro. Desde que foi instalada a UPS
do Mutirão, não só os homicídios deixaram de acontecer, como as pessoas
estão se relacionando bem com a polícia, há uma interação, uma relação
de confiança”, ressaltou. Segundo o coronel Sobreira, a próxima UPS será
instalada no Bairro Pedregal, no próximo mês. CORREIO DA PB
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