Produtores de leite do Agreste do Estado protestaram, nesta
quinta-feira (4), pela perda dos rebanhos em virtude da seca na região.
Endividados, eles não conseguem pagar parcelas de empréstimos feitos com
instituições financeiras e cobram mais ajuda do governo do estado para
enfrentar a estiagem.
Em reunião realizada no município de Bom Conselho,
com a presença do secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, os
produtores voltaram a exigir medidas efetivas para minimizar os efeitos
da seca. Eles colocaram carcaças de animais mortos e faixas de protesto
em frente aso auditório. A cidade é uma das principais produtoras da
bacia leiteira do estado.
O produtor rural Marcelino da Silva lamentou a situação. “Estou
querendo ração e água para o gado. Tá chegando o tempo de pagar e nós
não temos como pagar porque o gado morreu. Precisamos de ajuda para
negociar”, afirmou.
O também produtor José Gomes pediu mais empenho do governo. “Minha
produtora de leite tá zero. Eu não tenho condições de nada. Queria que o
governo me emprestasse o transporte para ir a outro lugar com os
animais, onde eu possa ter um sucesso. Minha vida toda foi embora nos
últimos dois anos”, disse.
Durante o encontro, o clima ficou tenso e o secretário de Agricultura
chegou a bater boca com um pecuarista que cobrou agilidade na entrega do
milho. Sobre as dívidas bancárias, Ranilson Ramos destacou algumas
medidas do governo federal, como o parcelamento e redução das dívidas em
75% para os grandes produtores e em 85%, para os pequenos.
“Nós determinamos a instalação de um polo de distribuição de cana. E a
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) se comprometeu, até o dia 15
deste mês, a abrir um polo de milho. Serão entregues 430 toneladas, por
semana, para ajudar os criadores na região”, garantiu o secretário de
Agricultura.G1 DE PE
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