JC Online
Foto Clemilson Campos/JC Imagem
Recife entrou na onda de
protestos conta o aumento das passagens de ônibus que ocorrem em outras
capitais brasileiras. Na noite desta segunda (17), grupos ligados a
movimentos estudantis saíram em passeata pelo Centro do Recife, após
assembleia realizada no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da
Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
Cerca de 500 pessoas seguiram pela
Avenida João de Barros, Ruas do Príncipe e Gervásio Pires e Avenidas
Conde da Boa Vista e Carlos de Lima Cavalcante. A Avenida Agamenon
Magalhães teve as duas faixas interditadas no cruzamento com a Praça do
Derby. O trânsito ficou interrompido por cerca de 15 minutos, provocando
congestionamento.
Os manifestantes agendaram um novo
protesto para quinta-feira (20), com concentração às 16h na Praça do
Derby. O grupo deve sair em passeata, mas ainda não definiu o trajeto.
“O governo gastou muito dinheiro com a Copa, enquanto sofremos num
transporte público sem qualidade. Queremos a redução da passagem dos
ônibus e a redução dos impostos que desoneram o transporte coletivo”,
disse uma das integrantes da juventude do PT no Estado, Ingrid Farias.
O movimento no Recife ocorre quase seis
meses depois do reajuste das passagens de ônibus. Em janeiro, foi
aprovado o aumento de 5,53%, quando do anel A, a tarifa mais usada na
cidade, passou de R$ 2,15 para R$ 2,25. “Os protestos realizados em São
Paulo, no Rio de Janeiro e em outras partes do País serviram de exemplo.
Esse aumento foi aprovado a portas fechadas”, explicou o presidente da
União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe). “O trabalhador
gasta muito para mandar seus filhos para a escola de ônibus”,
complementou o líder estudantil.
No percurso, várias pessoas que estavam
em paradas de ônibus, dentro dos coletivos e nos prédios da Conde da Boa
Vista apoiaram o protesto. “Acho o movimento legítimo, é um absurdo o
preço da passagem”, disse a estudante Isadora Leão, de 18 anos. Já o
comerciante Josafá Almeida, que ficou preso no engarrafamento da
Agamenon Magalhães, reclamou. “É um absurdo, você trabalha o dia todo e
ainda enfrenta esse trânsito na volta para casa”, declarou.
Durante o protesto, vários manifestantes
cobriram o rosto com camisas e máscaras de um personagem do cinema, V
de Vingança. A Polícia Militar acompanhou parte do protesto. Um efetivo
maior se fez presente na Praça do Derby.
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