sábado, 24 de agosto de 2013

Daniel Coelho, o plano B do PSDB para o governo

Daniel Coelho diz se preparar para concorrer a uma das 25 vagas da Câmara dos Deputados. Foto: Levay Photos/PSDB (Levay Photos/PSDB)


Daniel Coelho diz se preparar para concorrer a uma das 25 vagas da Câmara dos Deputados. Foto: Levay Photos/PSDB
No jogo eleitoral de 2014, o PSDB pernambucano trabalha com uma "carta na mang". A legenda articula nos bastidores um "plano b", caso a disputa pelo Palácio do Planalto fique polarizada nacionalmente entre tucanos e petistas. A movimentação, que inclui a formulação de pesquisas internas, vem sendo realizada com discrição pela cúpula do partido no estado e pode colocar o líder da oposição e deputado estadual Daniel Coelho como candidato do partido ao governo no próximo ano. O projeto alçado pela Executiva Nacional para fortalecer a candidatura presidencial do senador Aécio Neves esbarra, no entanto, no interesse dos tucanos em ampliar a representação de parlamentares tucanos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Dirigentes do partido preferem condicionar esta escolha ao palanque do PT nas próximas eleições. A consolidação da candidatura de Daniel Coelho seria baseada, exclusivamente, em dois cenários hipotéticos. O primeiro seria a não oficialização do novo partido Rede Sustentabilidade e a desistência do projeto nacional da ex-senadora Marina Silva (ex-PV). Atualmente, a ex-verde corre contra o tempo e enfrenta dificuldades na Justiça Eleitoral para a criação do partido, inclusive, com suspeita de fraudes em São Paulo na coleta de assinaturas de possíveis eleitores que apoiam o projeto.

Outro ponto que contribuiria para a candidatura do partido ao Executivo estadual, e mais difícil, segundo avaliações dos próprios tucanos, é a retirada da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República. Neste cenário, o socialista estaria lado a lado com o PT no estado. "Não vamos ficar, nestas eleições, em nenhum palanque onde o PT esteja. Então, sempre falamos que não esperamos a decisão de Eduardo e sim de quem estará com os petistas. Claro que o projeto dele (Eduardo Campos à Presidência) vai balizar a posição do PT, mas não estamos condicionados ao PSB", dizem os tucanos em reserva.

Oficialmente, o PSDB de Pernambuco se movimenta para lançar, no próximo ano, uma chapa proporcional competitiva. O partido, inclusive, vai realizar uma série de encontros regionais para atrair novos quadros - o primeiro deles foi em Caruaru, no Agreste do estado. Atualmente, a legenda tem dois deputados federais, Bruno Araújo e o presidente estadual do partido, Sérgio Guerra, que não competiriam, em votos, com o deputado estadual Daniel Coelho, que disputaria uma vaga na Câmara Federal e ampliaria esta representação em, pelo menos, uma vaga.

Para escapar deste "plano b" da Executiva, alguns tucanos torcem pela candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo, que poderia estar aliada ao palanque de Aécio Neves ou a promessa de Eduardo Campos em apoiar o senador mineiro num eventual segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT). Daniel Coelho, que estaria bem avaliado no Recife e RMR junto ao eleitorado, segundo as pesquisas internas do partido, não admite a movimentação. "Não é minha vontade e nem da maioria. Nosso objetivo é ampliar nossa representação na bancada. O parlamento tem uma importância muito grande nos debates sobre os rumos do estado. Este é o nosso projeto no momento
DIÁRIO DE PE

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