terça-feira, 20 de agosto de 2013

Gêmeos siameses aguardam chegada de expansor para serem submetidos a cirurgia

 (Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)Davi e Saulo nasceram no dia 13 de maio no Imip. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press/Arquivo


Davi e Saulo nasceram no dia 13 de maio no Imip. Foto: Blenda Souto Maior/DP
O clima é de expectativa na casa dos gêmeos siameses Davi e Saulo, que nasceram ligados pelo abdômen. De acordo com a mãe das crianças, Karine Ramos de Medeiros, 26 anos, a equipe médica aguarda apenas a chegada de um expansor de pele dos Estados Unidos. O equipamento vai prepará-los para o procedimento definitivo de separação.

A cirurgia será realizada no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). De acordo com o cirurgião plástico Rui Pereira, que se pronunciou através de nota, deverão ser implantados quatro expansores nos bebês, sendo dois de cada lado. Para colocá-los, será feita uma cirurgia de pequeno porte, mas que precisa de anestesia geral, com duração prevista de duas horas. Depois disso, os bebês têm que esperar de dois a três meses para poderem fazer a separação. Desde o início do ano, os expansores estão em falta no mercado brasileiro e, por isso, os médicos não deram previsão de quando o implante será realizado.


Davi e Saulo nasceram no dia 13 de maio no próprio Imip. Quando estava no quinto mês de gravidez, a mãe descobriu que os filhos estavam agarrados pela barriga. Somente quando nasceram é que os médicos identificaram que os siameses dividiam o mesmo fígado. Outras alterações orgânicas, caso existam, só poderão ser verificadas no momento da cirurgia para separação dos corpos.

Como vivem “abraçados”, a vida de Davi e Saulo, que têm dois meses, é repleta de limitações. Por não conseguirem mamar, tomam leite industrializado na mamadeira. A mãe também precisa de ajuda de outro adulto para dar banho nos dois e até remédios comuns para crianças, como os para febre, não podem ser administrados por conta da sensibilidade do fígado. Karine tem mais dois filhos que moram com ela. Zeus, 1 ano, e João Victor, 4, também tem problemas de má formação genética. Ela e o marido, Wilton Carlos Silva de Souza, 30, estão desempregados e a família, que vive num casebre alugado no Alto de Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, precisa de doações para manter os filhos. Eles necessitam de fórmula NAN 1, fraldas, roupinhas e produtos de higiene pessoal. Cestas básicas e leite para os irmãos mais velhos também são bem-vindas. Quem quiser ajudar a família pode entrar em contato pelos telefones 8320-0659 e 8530-1202.
DIÁRIO DE PE

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