sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sindicato espera que pelo menos 60% dos bancários cruzem os braços no 2º dia de greve

A meta do sindicato no estado é que pelo menos 60% dos trabalhadores paralisem as atividades, ampliando também o número de agências fechadas. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Mais bancários devem cruzar os braços nesta sexta (20), segundo dia da greve por tempo indeterminado da categoria. A meta do sindicato no estado é que pelo menos 60% dos trabalhadores paralisem as atividades, ampliando também o número de agências fechadas. Na quinta, cerca de 50% dos 12 mil bancários não trabalharam e paralisaram 259 das 603 agências da Região Metropolitana do Recife e do interior.

"Estamos cobrindo nesta manhã a região Norte do Recife", contou Suzineide Rodrigues, secretária de finanças do sindicato. Segundo ela, a partir das 14h, os bancários pretendem se concentrar em frente ao banco Santander da Avenida Conde da Boa Vista, vizinho ao bar Mustang. "Faremos um ato denunciando os altos juros praticados pelos bancos, os problemas de segurança e as filas", afirmou a sindicalista.

Ainda de acordo com Suzineide, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não chamou os bancários para uma nova rodada de negocições. Ela acredita que isso deve acontecer na próxima semana. Na quinta-feira, das 18 mil agências do país, mais de 6,1 mil permaneceram fechadas, um aumento de 20% na comparação com o primeiro dia da greve do ano passado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

Em todo o país devem ocorrer mobilizações para garantir maior adesão dos trabalhadores e o fechamento de mais agências. “Os bancos cada vez estão colocando mais metas e pressionando os funcionários a venderem mais produtos. Em decorrência disso, os bancários estão adoecendo. É um desgaste físico enorme. É muito trabalho para poucos funcionários”, salientou Jaqueline Mello, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Entre as principais reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 11,93% (5% de ganho real), participação nos lucros e resultados (PLR), piso salarial de R$ 2,8 mil e melhores condições de trabalho e segurança nas agências. Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 6,1% de reajuste (o que significa a reposição da inflação do período, pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, etc).
DIÁRIO DE PE

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