A Justiça concedeu a quebra do sigilo telefônico da mãe, do padrasto e
de familiares do menino Joaquim Ponte Marques, 3, encontrado morto no
último domingo (10) no rio Pardo, em Barretos. De acordo com informações
do jornal Folha de São Paulo, a Polícia Civil de Ribeirão Preto, que
investiga o caso, vai analisar os números discados e o tempo das
ligações.
Preso desde segunda-feira (11), o padrasto do menino,
Guilherme Raymo Longo, 28, é apontado pela polícia como o principal
suspeito do crime. As ligações do celular dele e da mãe de Joaquim,
Natália Mingoni Ponte, 29, serão analisadas. A mãe também é suspeita
pela morte da criança e está presa.
O delegado Paulo Henrique
Martins, responsável pela investigação, afirmou em uma entrevista
coletiva, nesta manhã de terça-feira (12/11), que o padrasto do menino
Joaquim Pontes Marques, 3 anos, deve ser ser ouvido no fim da tarde de
hoje.
A Polícia Civil, segundo o delegado,
acrescentou alguns detalhes sobre o caso, mas não detalhou o conteúdo
dos depoimentos ouvidos até agora. Afirmou também que todos os exames,
na casa e no corpo da criança, já foram feitos, mas ainda não saíram os
resultados. No entanto, o resultado de um exame preliminar indicou que
não havia água nos pulmões de Joaquim, o que indica que ele já foi
jogado sem vida no rio. Uma acareação entre os suspeitos deve ser feita,
mas ainda não tem data definida, já que o padrasto ainda não foi
ouvido.
Além do casal, outras testemunhas, que tinham ligação
direta ou indireta com a criança, devem ser ouvidas. Imagens de câmeras
de segurança também estão sendo apuradas e, mesmo não sendo conclusivas,
devem fortalecer a linha de investigação da morte brutal do menino. O
delegado Paulo Henrique afirmou que Natália Mingoni aparentava
tranquilidade desde o desaparecimento do menino, mas que, ao ver o corpo
de Joaquim, ela chorou. Esse fato foi o que fez com que a polícia
determinasse a prisão. “A prisão deve fazer com que ela colabore com o
caso”, disse.
Joaquim desapareceu de dentro de casa na madrugada
do dia 5 de novembro. Um cão farejador da polícia fez o trajeto duas
vezes da casa, no Jardim Independência, até o córrego Tanquinho, a 200
metros do local, após cheirar a roupa do padrasto e do menino.
O
corpo foi localizado por pescadores, que acionaram o Corpo de Bombeiros.
Na noite de domingo, a Justiça determinou a prisão temporária da mãe e
do padrasto. O corpo de Joaquim foi enterrado nesta segunda-feira (11)
em São Joaquim da Barra (382 km de São Paulo). DIÁRIO DE PE
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