terça-feira, 12 de novembro de 2013

Justiça determina quebra de sigilo telefônico da mãe e do padastro de menino assassinado

 (Reprodução)
A Justiça concedeu a quebra do sigilo telefônico da mãe, do padrasto e de familiares do menino Joaquim Ponte Marques, 3, encontrado morto no último domingo (10) no rio Pardo, em Barretos. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, a Polícia Civil de Ribeirão Preto, que investiga o caso, vai analisar os números discados e o tempo das ligações.

Preso desde segunda-feira (11), o padrasto do menino, Guilherme Raymo Longo, 28, é apontado pela polícia como o principal suspeito do crime. As ligações do celular dele e da mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, serão analisadas. A mãe também é suspeita pela morte da criança e está presa.

O delegado Paulo Henrique Martins, responsável pela investigação, afirmou em uma entrevista coletiva, nesta manhã de terça-feira (12/11), que o padrasto do menino Joaquim Pontes Marques, 3 anos, deve ser ser ouvido no fim da tarde de hoje.

A Polícia Civil, segundo o delegado, acrescentou alguns detalhes sobre o caso, mas não detalhou o conteúdo dos depoimentos ouvidos até agora. Afirmou também que todos os exames, na casa e no corpo da criança, já foram feitos, mas ainda não saíram os resultados. No entanto, o resultado de um exame preliminar indicou que não havia água nos pulmões de Joaquim, o que indica que ele já foi jogado sem vida no rio. Uma acareação entre os suspeitos deve ser feita, mas ainda não tem data definida, já que o padrasto ainda não foi ouvido.

Além do casal, outras testemunhas, que tinham ligação direta ou indireta com a criança, devem ser ouvidas. Imagens de câmeras de segurança também estão sendo apuradas e, mesmo não sendo conclusivas, devem fortalecer a linha de investigação da morte brutal do menino. O delegado Paulo Henrique afirmou que Natália Mingoni aparentava tranquilidade desde o desaparecimento do menino, mas que, ao ver o corpo de Joaquim, ela chorou. Esse fato foi o que fez com que a polícia determinasse a prisão. “A prisão deve fazer com que ela colabore com o caso”, disse.

Joaquim desapareceu de dentro de casa na madrugada do dia 5 de novembro. Um cão farejador da polícia fez o trajeto duas vezes da casa, no Jardim Independência, até o córrego Tanquinho, a 200 metros do local, após cheirar a roupa do padrasto e do menino.

O corpo foi localizado por pescadores, que acionaram o Corpo de Bombeiros. Na noite de domingo, a Justiça determinou a prisão temporária da mãe e do padrasto. O corpo de Joaquim foi enterrado nesta segunda-feira (11) em São Joaquim da Barra (382 km de São Paulo).
DIÁRIO DE PE

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