Apontado como mentor do esquema de compra de votos no Congresso
Nacional no primeiro governo do ex-presidente Lula (PT), também
conhecido como mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
aproveitou o Processo de Eleições Diretas (PED) do partido para reiterar
sua inocência no escândalo, do qual é réu. Neste domingo (10), sem a
presença da militância, Dirceu disse que espera por “justiça” por parte
do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O Brasil sabe que sou inocente
e eu espero que o Supremo faça justiça”, disse um dos membros mais
influentes do PT, que votou no PED num diretório zonal da Vila Mariana,
em São Paulo. O correligionário e deputado federal licenciado, o petista
José Genoíno, também réu no processo, pediu que o STF fizesse justiça a
ele “também no mérito”.
“Assino embaixo as palavras do Genoino na
defesa dele. Como ele disse: que se faça justiça inclusive com relação
ao mérito. Nós fomos condenados no mérito, não é só uma questão de
redução de pena. E sendo inocentes”, completou Dirceu.
O
ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino e João Paulo Cunha,
que atualmente integram o diretório nacional da sigla, não foram
inscritos nas chapas que vão compor o colegiado a partir de 2014. O PED
ele as lideranças do partidos, como presidentes estaduais, municipais e o
nacional.
O STF deve retomar o julgamento do mensalão nesta
semana, com a análise do segundo lote de embargos de declaração. Esse
tipo de recurso serve para esclarecer pontos dúbios em relação a fases
anteriores do julgamento, mas não têm poder para reverter condenações.
Dez dos 25 condenados entraram com o recurso. Já os embargos
infringentes, aos quais Dirceu, Genoino, João Paulo e Delúbio têm
direito, serão apreciados em 2014.
Com informações dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo e DP
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