O deputado licenciado José Genoino (PT-SP) apresentou há pouco à Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados, seu pedido de renúncia ao mandato. Com
isso, a decisão que a mesa teria de tomar nesta terça-feira (3) em
relação ao seu futuro político foi suspensa antes mesmo de o presidente
da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), começar a contagem dos votos
favoráveis e contrários à instauração de um processo de cassação.
O
ex-deputado, que foi presidente do PT, foi condenado à pena inicial de
quatro anos e oito meses de prisão na Ação Penal 470, conhecida como
processo do mensalão. O presidente da Câmara vai ler ainda hoje (3), no
plenário da Casa, a carta de renúncia de Genoíno e, amanhã, seu suplente
deputado Renato Simões deve assumir a vaga definitivamente.
Inocência
Em
seu comunicado de renúncia, o agora ex-deputado José Genoino reafirmou
sua inocência no caso do mensalão, pelo qual foi condenado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) a tantos anos de prisão em regime semi-aberto.
Genoino
comunicou sua renúncia destacando que iniciará nova batalha para
reafirmar sua inocência. “Com história de mais de 45 anos de luta na
defesa intransigente do povo brasileiro e da democracia, darei uma breve
pausa nessa luta, que representa o início de uma nova batalha dentre
tantas outras que já enfrentei”, afirmou.
O ex-deputado, que no
momento cumpre pena domiciliar devido a seu estado de saúde, destacou
que, “entre a humilhação e a ilegalidade”, prefere o risco da luta.
Ressaltou ainda que não acumulou patrimônio e riqueza, agradecendo a
confiança que seus eleitores depositaram nele.
Caso Genoino
A
Câmara foi comunicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da prisão de
condenados no processo do mensalão e a perda dos direitos políticos por
sentença criminal transitada em julgado no último dia 19.
A
partir da comunicação, o presidente da Câmara propôs à Mesa Diretora a
abertura do processo contra Genoino, que seria seguida de encaminhamento
à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise
técnica e abertura de prazo para defesa do parlamentar (por cinco
sessões). A decisão final sobre a cassação caberia ao Plenário.
Genoino
entrou com o pedido de aposentadoria na Câmara em setembro. Na semana
passada, o deputado, que está preso desde o dia 15 de novembro condenado
pelo STF no caso mensalão, passou mal e foi internado no Instituto de
Cardiologia do Distrito Federal.
Com informações das agências Brasil e Câmara e DP
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