O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu a liminar de pedido de habeas corpus - um pedido emergencial de soltura - feito pela defesa no início da tarde desta terça. Permanecerá detido vereador Pastor Jadiel (PROS), segundo informações dos advogados. O pastor foi o único do grupo que não ingressou com o pedido de liberdade. A expectativa é de que os nove legisladores sejam liberados até o início desta noite.
Os vereadores foram detidos preventivamente no último dia 18 pela Operação Ponto Final, deflagrada pela Polícia Civil, com o objetivo de investigar um esquema de corrupção na Câmara Municipal. Eles são suspeitos de cobrar propina para a aprovação de projetos do Poder Executivo encaminhados à Casa. De acordo com a polícia, os suspeitos tentavam extorquir R$ 2 milhões. Uma das votações colocadas em suspeição foi a do empréstimo de R$ 250 milhões para a instalação do BRT (Bus Rapid Transport), uma das prioridades do PAC Mobilidade para o município. A Justiça determinou a suspensão da sessão que aprovou o empréstimo.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que o presidente da Câmara de Caruaru, Leonardo Chaves (PSD), abra processo de cassação de mandato contra os dez vereadores presos. O MPPE também ingressou com ação cautelar preparatória de ação de improbidade administrativa contra os vereadores afastados dos cargos por determinação judicial.
O inquérito pode ser concluído ainda nesta semana. O delegado Erick Lessa, responsável pelo caso, informou na última segunda-feira (3) que pretende conceder uma entrevista coletiva até a sexta-feira (27) para dar detalhes sobre a investigação. Além dos detidos, o delegado colheu o depoimento dos demais vereadores de Caruaru - a Câmara conta com 23 integrantes - e de secretários da prefeitura. DIÁRIO DE PE
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