Foto: Agência Câmara
O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decretou nesta terça-feira (4) a
prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por
envolvimento no esquema do mensalão.
O Grupo Estado apurou que o mandado de
prisão só não foi assinado nessa segunda (3), porque o ministro
participou da solenidade de abertura dos trabalhos legislativos e
preferiu adiar a decisão para evitar constrangimentos.
No começo de janeiro, Joaquim Barbosa
entrou em férias sem assinar o mandado de prisão de João Paulo. Nos
bastidores, integrantes da Corte manifestaram insatisfação com a
condução das prisões. Nessa segunda, ao visitar o acampamento de
manifestantes que pediam a anulação do julgamento, em frente ao STF,
João Paulo afirmou que usará todos os recursos possíveis contra sua
condenação. O petista foi acusado a 9 anos e 4 meses de prisão por
corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Pessoas próximas a João Paulo afirmaram
que o deputado pode fazer um ato de "entrega" à Polícia Federal em
frente à Corte. O objetivo seria "criar um ato simbólico" junto aos
militantes do partido antes de João Paulo Cunha começar a cumprir a
pena. Para os crimes de corrupção e peculato não cabe mais recurso.JORNAL DO COMERCIO
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