Jorge Cavalcanti
Os gêmeos Davi e Saulo completarão 1 ano no próximo dia 13. Desde o nascimento, os pequenos encaram adversidades. Esmagaram todas até agora. Desprezaram estatísticas e contrariaram a medicina. Mas agora eles correm o risco de carregar sequelas graves para o resto de suas vidas por algo muito menor: a falta de transporte para levá-los à fisioterapia.
Eles nasceram siameses, compartilhando o mesmo fígado e parte do diafragma. E foram separados após complicada e demorada cirurgia. O procedimento durou mais de quatro horas.
No dia 10 de janeiro, após a alta do Imip, a família de Davi e Saulo passou a morar numa casa em Paulista, emprestada pelo governo do Estado (foto de Dani Neves/JC Imagem). Antes, residiam no Alto Santa Terezinha, em Água Fria, Zona Norte do Recife. Com a mudança, a ida às consultas ficou mais complicada. A mãe dos gêmeos e de outras duas crianças, Karine Medeiros, porém, não tinha com o que se preocupar: na visita à casa nova, o secretário de Desenvolvimento Social, Bernardo D’Almeida, assegurou transporte regular.
Os gêmeos deixaram de aparecer nos jornais e nas televisões. E, com o tempo, a presteza do governo virou esquecimento. Davi e Saulo necessitam de duas sessões de fisioterapia por semana para corrigir a postura dos pequenos corpos. Foram a seis consultas. A última delas no dia 18 do mês passado. Desde então, o carro nunca mais foi buscá-los. Já perderam umas dez sessões. A ausência de explicações à família reforça o desrespeito.
Carente de estudos e de dinheiro, a mãe não sabe o que fazer. Tenta ligar para o número do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) impresso num dos panfletos que recebeu. Mas ninguém atende.
É revoltante imaginar que Davi e Saulo, depois de tantas vitórias, poderão ser derrotados pelo abandono.
Os gêmeos Davi e Saulo completarão 1 ano no próximo dia 13. Desde o nascimento, os pequenos encaram adversidades. Esmagaram todas até agora. Desprezaram estatísticas e contrariaram a medicina. Mas agora eles correm o risco de carregar sequelas graves para o resto de suas vidas por algo muito menor: a falta de transporte para levá-los à fisioterapia.
Eles nasceram siameses, compartilhando o mesmo fígado e parte do diafragma. E foram separados após complicada e demorada cirurgia. O procedimento durou mais de quatro horas.
No dia 10 de janeiro, após a alta do Imip, a família de Davi e Saulo passou a morar numa casa em Paulista, emprestada pelo governo do Estado (foto de Dani Neves/JC Imagem). Antes, residiam no Alto Santa Terezinha, em Água Fria, Zona Norte do Recife. Com a mudança, a ida às consultas ficou mais complicada. A mãe dos gêmeos e de outras duas crianças, Karine Medeiros, porém, não tinha com o que se preocupar: na visita à casa nova, o secretário de Desenvolvimento Social, Bernardo D’Almeida, assegurou transporte regular.
Os gêmeos deixaram de aparecer nos jornais e nas televisões. E, com o tempo, a presteza do governo virou esquecimento. Davi e Saulo necessitam de duas sessões de fisioterapia por semana para corrigir a postura dos pequenos corpos. Foram a seis consultas. A última delas no dia 18 do mês passado. Desde então, o carro nunca mais foi buscá-los. Já perderam umas dez sessões. A ausência de explicações à família reforça o desrespeito.
Carente de estudos e de dinheiro, a mãe não sabe o que fazer. Tenta ligar para o número do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) impresso num dos panfletos que recebeu. Mas ninguém atende.
É revoltante imaginar que Davi e Saulo, depois de tantas vitórias, poderão ser derrotados pelo abandono.
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