sexta-feira, 18 de abril de 2014

avaliação positiva do governo Dilma cai e preocupa assessores

Agência Estado

 / Foto: Roberto Stuckert Filho/PR A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira aponta que a avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) oscilou de 36% para 34% em relação à divulgada em março. No mesmo período, a sondagem registrou uma oscilação dentro da margem de erro de 36% para 34% dos que consideram o seu governo regular. E o porcentual dos que avaliam a administração Dilma Rousseff como ruim ou péssima subiu de 27% para 30%.
Na mostra divulgada hoje, a confiança na presidente Dilma caiu de 48% para 44% e o porcentual dos que não confiam na petista subiu de 47% para 51%.
O levantamento foi feito entre 10 e 14 de abril com 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral no dia 12 de abril sob o protocolo BR-00078/2014.
A pesquisa deixou auxiliares da presidente e a cúpula do PT preocupados. O que mais chamou a atenção dos petistas foi o fato de Dilma ter a forma de governar desaprovada pela maioria da população, que deseja mudanças. O discurso público, porém, é de que a oscilação foi normal e o destaque à manutenção da possibilidade de vitória no primeiro turno. Para a oposição, os números mostram um grande espaço de crescimento para Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
A preocupação do Planalto é que o desejo de mudança vem se refletindo na perda de aprovação entre jovens e mesmo entre eleitores de classes mais baixas e beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família e Brasil Sem Miséria. A avaliação é que além das denúncias que motivam a oposição a tentar emplacar uma CPI da Petrobras, a economia, em especial a inflação, tem afetado os índices de popularidade. Em público, porém, petistas afirmam que a queda de intenções de voto de Dilma - de 40% em março para 37% em abril - é uma "oscilação normal".
“Diante do tiroteio que o governo e a presidente tem sofrido, os resultados são extremamente satisfatórios. Não só porque ela está em patamar semelhante, mas porque os candidatos mais fortes da oposição não conseguiram se colocar como alternativa", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa. "Nosso grande desafio é mostrar que este projeto não está esgotado e pode se renovar”, complementa.
O candidato do PSB, Eduardo Campos, afirma que o mais importante no momento é o crescimento do desejo de mudança. Observa ainda que o eleitor ainda não está com a cabeça na sucessão e, por isso, não definiu seus candidatos. “O importante é o desejo de mudança que está claro na sociedade brasileira e tem sido refletido nas pesquisas", afirmou. O líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), ressalta o baixo índice de Dilma para quem está no poder. "Para quem governa, ter essa nota é muito ruim. Nenhuma criança passaria de ano na escola com 37”, ironiza.
O presidente do DEM, José Agripino (RN), acredita que a economia está por trás da queda de Dilma. “É produto das evidências de perda do controle da economia, o aumento da inflação, que está entrando na casa das pessoas.” Para ele, o adversário com maior potencial de ir a um possível segundo turno e vencê-la nas eleições é o que melhor explorar questões que ainda não impactaram nas pesquisas. “As denúncias de corrupção continuada ainda não fizeram efeito, bem como a gestão ineficiente, a perda de pontos nas agências de classificação de risco. Esses pontos estão por produzir efeito e é em cima deles que Aécio e Campos têm chances de crescer”, afirmou. do JC

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