quarta-feira, 23 de abril de 2014

Polícia indicia Celpe e Emlurb por morte de músico em Setúbal

 / Foto: Clemilson Campos/Acervo JC Imagem

Do JC Online

A Polícia Civil irá indiciar funcionários da Celpe e da Emlurb pela morte do advogado e músico Davi Santiago Filho, ocorrida no dia 11 de junho de 2013. Segundo o delegado Erivaldo Guerra, titular da Delegacia de Boa Viagem, o gerente de manutenção de fiação da Emlurb e o superintendente de fiscalização da Celpe são responsabilizados pelo acidente.

O inquérito será encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), onde eles devem proceder com o indiciamento e iniciar um processo criminal. Os nomes das pessoas que ocupam os respectivos cargos não foram revelados pelo delegado, a fim de não atrapalhar o indiciamento.
Davi passeava com sua cadela na Avenida Visconde de Jequitinhonha, em Setúbal, quando encostou em um fio solto e foi eletrocutado. Segundo Guerra, uma senhora, identificada apelas pelo nome de Rosélia, passava pelo local no momento do acidente e se aproximou de Davi para ver o que estava acontecendo. Ela acabou sendo atingida pela descarga, mas foi socorrida e se recuperou.
A investigação que durou 10 meses responsabilizou as duas empresas pelo acidente. "O fio que estava solto pertence à Emlurb, mas a obrigação de fiscalizar é da Celpe. Onde tem iluminação pública, a empresa credenciada a realizar este procedimento é a Celpe", disse o delegado. Os funcionários serão indiciados por homicídio culposo, referente a Davi Santiago, e lesão corporal culposa, no caso de Rosélia.
Celpe e Emlurb informaram que ainda não foram oficialmente notificadas pela polícia, por isso não revelaram os nomes dos funcionários responsabilizados.
MULTA - A Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) impôs uma multa no valor de R$ 170 mil à Celpe após concluir as investigações acerca dos fios do local do acidente. A agência apontou que a fiação estava desencapada, o que demonstra a deficiência na manutenção.
Segundo o coordenador de energia da Arpe, Hamilton Lins, a Celpe não apresentou um plano de manutenção para baixa tensão – onde ocorreu a morte de Davi. A concessionária só tinha programa para alta tensão. A multa poderia chegar a até 2% do faturamento líquido anual da empresa, que é de R$ 3 bilhões

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