Do JC Online
A Polícia Civil irá indiciar
funcionários da Celpe e da Emlurb pela morte do advogado e músico Davi
Santiago Filho, ocorrida no dia 11 de junho de 2013. Segundo o delegado
Erivaldo Guerra, titular da Delegacia de Boa Viagem, o gerente de
manutenção de fiação da Emlurb e o superintendente de fiscalização da
Celpe são responsabilizados pelo acidente.
O inquérito será encaminhado ao
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), onde eles devem proceder com o
indiciamento e iniciar um processo criminal. Os nomes das pessoas que
ocupam os respectivos cargos não foram revelados pelo delegado, a fim de
não atrapalhar o indiciamento.
Davi passeava com sua cadela na Avenida
Visconde de Jequitinhonha, em Setúbal, quando encostou em um fio solto e
foi eletrocutado. Segundo Guerra, uma senhora, identificada apelas pelo
nome de Rosélia, passava pelo local no momento do acidente e se
aproximou de Davi para ver o que estava acontecendo. Ela acabou sendo
atingida pela descarga, mas foi socorrida e se recuperou.
A investigação que durou 10 meses
responsabilizou as duas empresas pelo acidente. "O fio que estava solto
pertence à Emlurb, mas a obrigação de fiscalizar é da Celpe. Onde tem
iluminação pública, a empresa credenciada a realizar este procedimento é
a Celpe", disse o delegado. Os funcionários serão indiciados por
homicídio culposo, referente a Davi Santiago, e lesão corporal culposa,
no caso de Rosélia.
Celpe e Emlurb informaram que ainda não
foram oficialmente notificadas pela polícia, por isso não revelaram os
nomes dos funcionários responsabilizados.
MULTA - A Agência Reguladora de
Pernambuco (Arpe) impôs uma multa no valor de R$ 170 mil à Celpe após
concluir as investigações acerca dos fios do local do acidente. A
agência apontou que a fiação estava desencapada, o que demonstra a
deficiência na manutenção.
Segundo o coordenador de energia da
Arpe, Hamilton Lins, a Celpe não apresentou um plano de manutenção para
baixa tensão – onde ocorreu a morte de Davi. A concessionária só tinha
programa para alta tensão. A multa poderia chegar a até 2% do
faturamento líquido anual da empresa, que é de R$ 3 bilhões
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