Sem os protestos nas ruas como se imaginava que fossem acontecer
durante a Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff decidiu entregar a
taça ao campeão mundial, no dia 13 de julho, no Maracanã. O
secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, confirmou nesta sexta-feira que
ela estará ao lado do presidente da entidade, Joseph Blatter, na
entrega do troféu ao capitão da seleção vencedora.
Na final da Copa, o troféu entrará no Maracanã levado pela modelo
brasileira Gisele Bündchen e pelo espanhol Carles Puyol - o agora
ex-jogador foi escolhido por ter sido campeão em 2010, na África do Sul,
simbolizando a passagem da taça do antigo para o novo detentor do
título mundial.
Dilma hesitou em participar da entrega da taça da Copa do Mundo, ainda
que tivesse confirmado há algum tempo que estará presente no Maracanã
para acompanhar a final. Por meses, o debate foi travado dentro da Fifa e
do governo para definir como seria entregue o troféu ao campeão.
O temor do governo e da Fifa era de que Dilma pudesse ser hostilizada
pelos torcedores no momento da entrega do troféu. Na Copa das
Confederações, no ano passado, também no Maracanã, a presidente nem foi
ao estádio, depois de ter sido vaiada na abertura da competição, em
Brasília.
Já na abertura da Copa, no dia 12 de junho, no Itaquerão, Dilma e
Blatter foram hostilizados por uma parte do público no estádio em São
Paulo. E, temendo novas vaias, ela não fez nenhum pronunciamento na
ocasião - foi a primeira vez em duas décadas que um chefe de Estado não
discursou no jogo inaugural do Mundial. Desde então, a presidente não
foi a mais nenhuma partida da competição.
Fonte: Agência Estado e JC
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