O Ministério Público Eleitoral (MPE)
formalizou, ontem, o pedido de impugnação de 11 candidatos proporcionais
para as eleições deste ano com base na Lei da Ficha Limpa, todos por
contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mas o número
de “fichas sujas” pode subir para 17, já que outros seis candidatos a
deputado estadual figuram na lista de pendências do TCE (confira na
arte).
O MPE prometeu para hoje fechar a lista
dos pedidos de impugnação. Ontem, a assessoria da instituição advertiu
que pode haver mais nomes a serem divulgados, após os procuradores
encerrarem o levantamento das candidaturas com pendências. Além das
contas rejeitadas, outros critérios podem pesar para o pedido de
inelegibilidade, como o caso de condenação judicial em segundo grau por
improbidade administrativa.
Entre os nomes impugnados pelo MPE, três
já exercem mandato na Assembleia Legislativa e tentam a reeleição. O
vice-líder da bancada do PT, Odacy Amorim, pode ser excluído da disputa
por estar citado em quatro processos de rejeição de contas. Os deputados
Rildo Braz, líder do PRP, e Everaldo Cabral (PP) tiveram, cada um, duas
contas rejeitadas.
Tendo por base a lista com os que
tiveram suas contas rejeitadas, disponibilizadas pelo Tribunal de Contas
da União (TCU) e pelo TCE, a reportagem do JC cruzou os nomes
implicados com os registrados no site do TRE-PE: 16 candidatos que
apareceram como “fichas sujas” estão pleiteando o cargo para
deputadoestadual e um, para deputado federal.
A partir dessa listagem feita pelo TCE, o
MPE pede a impugnação do candidato com base na lei da ficha limpa.
Caberá ao desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) que
assumir a relatoria do caso decidir se acolhe o pedido ou não.
Todos os nomes listados foram procurados
pelo JC, mas apenas o ex-prefeito de Petrolina Odacy Amorim retornou.
Eleito deputado em 2010 com 43.104 votos, o petista afirmou que os
quatro processos referem-se a uma mesma auditoria de 2007 na Câmara de
Petrolina, e que nela não foiconstatada desvio de dinheiro público.
“Essa investigação ocorreu em 2007 e
teve como alvo o ano de 2001, quando eu era vereador por Petrolina. Foi
tudo uma questão formal de como seria a contratação de uma empresa para a
locação dos carros usados pelos vereadores e quais o locais destinados
para o reabastecimento. Não vejo a hora de tudo serrealmente
esclarecido”, informou ele, que afirmou ainda não temer ter a
candidatura impugnada.
Na lista dos “fichas sujas” há
vereadores e ex-vereadores de Jaboatão dos Guararapes, Goiana e
Camaragibe, além de ex-prefeitos de Serra Talhada, Carnaíba, Belmonte e
Pesqueira.Nill júnior
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