Foto: ReproduçãoJC Imagem
Mais de nove toneladas de
alimentos impróprios para o consumo foram apreendidas na Operação
Mercado Limpo, ação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Procon e
Vigilância Sanitária do Recife que vistoriou 12 supermercados na última
quarta-feira (24). Ao todo, cerca de 20 toneladas de produtos já foram
recolhidas pela Vigilância Sanitária nas 53 vistorias realizadas desde
fevereiro deste ano.
O número de material apreendido deve
aumentar até o fim do dia, quando uma equipe voltará ao Supermercado
Novo Dia, no Brejo de Beberibe, para buscar os produtos que não puderam
ser recolhidos na fiscalização de ontem. O estabelecimento foi
interditado após a Vigilância encontrar alimentos vencidos e condições
de estrutura e de higiene precárias. Além disso, a fiscalização
encontrou um banheiro que funcionava como depósito de alimentos. “Eles
não queriam abrir o local, mas a Polícia Civil estava lá e arrombou.
Constatamos uma grande quantidade de produtos armazenados lá”, diz a
gerente da Vigilância Sanitária do Recife, Adeílza Ferraz.
Além do Novo Dia, mais cinco
estabelecimentos foram totalmente interditados: RM Express, na Boa
Vista, Boa Mesa em Dois Unidos, Olho D´Água, no bairro da Várzea,
Engenho Tavares Padaria e Mercado, no Engenho do Meio, e Casa do
Consumidor, no bairro do Ipsep. Este último foi apontado com as piores
condições. “A Casa do Consumidor foi o pior de todos que encontramos em
todas as fiscalizações desde o início do ano. Foi o campeão de
irregularidades, devido ao imenso depósito de produtos vencidos e à
grande quantidade de roedores”, conta a gerente.
As principais irregularidades
encontradas são resfriamento ou congelamento inadequado de alimentos,
principalmente carnes, embutidos e produtos lácteos, produtos com prazo
de validade vencido e falta de condições higiênico sanitárias nas
dependências das lojas.
O coordenador do Procon-PE, José Rangel,
ressalta que as fiscalizações vão continuar. “Nós não achamos bom ter
de interditar esses estabelecimentos, o que, muitas vezes, causa
desemprego, mas temos que cumprir nossos trabalhos, já que houve todo um
trabalho preventivo que foi ignorado”, afirma.
Durante as fiscalizações, quatro pessoas
foram autuadas em flagrante, mas pagaram fianças que variam entre R$ 5
mil e R$ 30 mil e foram liberadas. Os 12 estabelecimentos foram autuados
e devem responder a um processo administrativo e pagar uma multa à
Vigilância Sanitária, que varia de R$ 40 a R$ 400 mil. DO JC
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