Do JC Online
A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) está desenvolvendo um projeto de um gasoduto entre Belo Jardim e Arcoverde que teria 60 km de extensão. Atualmente, a rede da estatal chega até Caruaru. No entanto, a empresa está fazendo uma licitação para contratar as obras e montagem de um gasoduto que ligará Caruaru a Belo Jardim, empreendimento que deverá ser concluído em janeiro de 2016. A interiorização do fornecimento de gás natural é importante porque é um dos combustíveis mais baratos para o uso industrial.“Ainda não temos o valor, mas a expectativa é de que o trecho Belo Jardim-Arcoverde tenha um custo estimado em R$ 70 milhões. O projeto é que vai definir como e em quanto será essa execução”, diz o diretor administrativo financeiro da Copergás, Rafael Gomes.
A intenção da empresa é construir o futuro gasoduto com um financiamento de instituições como o Banco do Nordeste ou Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Se tudo ocorrer normalmente, a expectativa é de abrir uma frente de trabalho ainda em 2015 para iniciar a construção do gasoduto Belo Jardim-Arcoverde”, conta.
A construção desse trecho do gasoduto também vai trazer outro benefício às cidades no entorno de Arcoverde. Atualmente, a Copergás tem uma estação de compressão em Caruaru, que transforma o gás natural em Gás Natural Comprimido (GNC). Depois disso, ele pode ser transportado em carretas. “Isso nos permite atender clientes que estão até a 200 km de Caruaru”, explica.
Quando o trecho Caruaru-Belo Jardim estiver concluído, essa estação passará a funcionar em Belo Jardim. E, posteriormente, quando o gasoduto chegar a Arcoverde, a estação passará a funcionar naquela cidade.
A empresa está considerando a hipótese de trocar a estação de GNC que será construída em Arcoverde por uma estação de Gás Natural Liquefeito (GNL). O GNL pode ser transportado numa quantidade maior do que o GNC e também por uma distância maior. “Se optarmos pela estação de GNC, o gás natural poderia chegar ao Araripe”, acrescenta. Quem vai definir esse detalhamento é o projeto que está em execução.
A região do Araripe produz cerca de 90% de todo o gesso do País e um dos problemas do setor é encontrar uma forma barata de combustível. A matriz energética das empresas do polo gesseiro já foi trocada várias vezes. A maioria das empresas daquela região usa a lenha.
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