Do JC Online
Foto: Clemilson Campos
O preço do gás de cozinha
vai aumentar, em média, 10% a partir do dia 1º de setembro. Hoje, o
botijão de 13 quilos, o mais usado, é vendido, na média, por R$ 45. O
produto passará a ser comercializado por até R$ 49,50, segundo revendas
consultadas pelo JC. O preço do gás não é tabelado e cada revenda cobra o
preço de acordo com os seus custos.
O reajuste foi mais alto do que a
inflação registrada nos últimos 12 meses que ficou em 6,52%, segundo o
IPCA, índice que mede a inflação oficial do País. “O que provocou esse
reajuste foi o comunicado das distribuidoras que vão aumentar o preço”,
conta o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), Alexandre Borjaili.
Segundo ele, os revendedores não têm
condições de absorver esse aumento do custo e não repassá-lo para o
consumidor. “Temos muitas despesas para entregar o produto, bancamos os
veículos, os funcionários e não temos opção de comprar mais barato,
porque não há concorrência de fato.”
Atualmente, todo o GLP comercializado no
País é vendido pela Petrobras às distribuidoras, que são os
fornecedores dos revendedores. No Estado, existem cerca de 1,7 mil
revendedores. “Vamos repassar os quase 10% do aumento cobrado pela
distribuidora porque os nossos custos são altos e a margem de lucro é
pequena. Em média, temos um lucro de 25% sobre o valor da venda”, afirma
o gerente comercial da T Gás Ltda, Rosemberg Silva. A empresa emprega
35 pessoas que trabalham em 10 revendas espalhadas por Camaragibe,
Jaboatão e Recife.
O professor Rui Tavares classificou o
aumento de “péssimo”, principalmente para quem tem o poder aquisitivo
mais baixo. “Ninguém gosta de aumento e os salários não acompanham essa
alta dos preços”, comenta. Na residência dele, é consumido um botijão a
cada 20 dias. Morador do bairro de Engenho do Meio, ele paga R$ 40 por
um botijão e ainda não sabe o preço que a revenda vai cobrar com o novo
reajuste.
O último aumento do preço do botijão de
gás ocorreu em setembro do ano passado e variou entre 5% e 7%, quando o
produto passou a ser vendido, em média, por R$ 45. O preço do gás também
varia de acordo com o bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário