Foto: Michele Souza/JC Imagem
“Extrovertido, inteligente,
brincalhão, e fala com todo mundo.” É assim que a dona de casa Kátia
Rejane de Azevedo, 41 anos, define o seu bem mais precioso: o filho
Álvaro Ângelo de Azevedo Galvão, 16. Alvinho, como é conhecido entre a
família e os amigos, é uma em cada 20 mil pessoas que possui osteogênese
imperfeita, a chamada doença dos “ossos de vidro”. Por conta da
síndrome, que causa fragilidade na estrutura óssea, o adolescente sofre
fraturas constantes. Somente neste ano foram mais de sete fraturas na
perna e no braço. Para ajudar no tratamento de Alvinho, a família deu
início a uma campanha solidária de arrecadação através da rede social
Facebook e espera contar com o apoio da população nessa boa causa. Além
disso, também está sendo organizada uma grande feijoada beneficente em
prol da campanha.
Apesar da idade, Álvaro tem a aparência
de uma criança de três anos. Ele foi diagnosticado como portador da
síndrome ainda no útero da mãe, aos cinco meses de gestação. De lá para
cá, já foram mais de 20 cirurgias para implantação de hastes e parafusos
para fixar os ossos. “Quando ele nasceu, os médicos deram 24 horas de
vida. Hoje ele está aqui com 16 anos para contar a história”, diz Kátia
Rejane.
A mãe dedica boa parte do dia nos
cuidados com Alvinho. Mesmo assim, devido à fragilidade, não há como
evitar as frequentes fraturas. A dor que o adolescente sente quando
quebra alguma parte do corpo, já é conhecida. “Já sei quando fraturou
por conta da dor”, explica o garoto.
Embora a doença cause algumas
limitações, como a locomoção, Alvinho parece não se incomodar. É um
jovem brincalhão, adora jogar video game e sonha em ser médico
cirurgião. Frequenta a escola e faz sessões de fisioterapia e
hidroterapia duas vezes por semana na Associação de Assistência à
Criança Deficiente (AACD) para fortalecer a musculatura e evitar o
atrofiamento dos ossos. Como o prédio onde mora com a família, no bairro
do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, não possui elevador, precisa descer
os três lances de escada nos braços da mãe.
Tanto o percurso para a AACD como para a
escola e ao médico é desgastante, pois é feito de ônibus ou de táxi. O
objetivo da campanha é justamente arrecadar recursos para a aquisição de
um carro para auxiliar na locomoção do garoto e evitar novas fraturas.
Pelo Facebook, amigos se mobilizam compartilhando a história de Alvinho e
fazendo doações.
Os interessados em ajudar, podem
adiquirir os convites para a feijoada beneficente, que acontece no
sábado (29) na quadra do Colégio Anglo Líder, no Cordeiro, às 11h, ao
preço de R$ 20. Os bilhetes podem ser adquiridos por meio dos telefones
(81) 8429-6187/9879-1074. As doações também podem ser feitas através de
depósitos bancários na conta corrente 19.897-8, agência 0697-1 do Banco
do Brasil.Do JC
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