Náutico e Santa Cruz ficam no empate sem gols na Arena Pernambuco

Do JC Online

Com pouco mais de 10 mil torcedores, Náutico e Santa Cruz fizeram um clássico atípico e sem emoção, ontem, na Arena Pernambuco. O placar sem gols (0x0) refletiu bem como ambas as equipes se comportaram na partida válida pela 34ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, tricolores e alvirrubros somam apenas um ponto. O Santa fica com 52 e perde uma posição, ficando em 7ª. Já o Timbu permanece no 12º lugar, com 46.

Os técnicos Dado Cavalcanti e Oliveira Canindé esconderam suas estratégias até minutos antes da partida. Pelo lado do Náutico, o comandante alvirrubro optou por entrar em campo no 4-4-2, com Cañete no meio de campo e Crislan no setor ofensivo. No tricolor do Arruda, o treinador improviou o volante Bileu na lateral direita (Tony ainda sente dores no tornozelo direito) e apostou na entrada de Natan no meio. 

Em campo, o Náutico apresentou maior motivação em sair na frente do placar. Logo aos dois minutos, Marinho deu um chapéu no zagueiro Renan Fonseca pela direita, mas finalizou por cima da meta de Thiago Cardoso. No minuto seguinte, Keno respondeu para o Santa Cruz. O atacante driblou Neílson e pegou mal na bola no chute final. O equilíbrio da partida, que deveria ser a tônica do duelo, só aconteceu nos minutos iniciais. Depois dos 10 minutos, a equipe alvirrubra estava mais entrosada e, consequentemente, garantiu as melhores oportunidades.

Aos 18, Renato Chaves arriscou de cabeça, mas não obteve sucesso. Em outra chance, aos 26, o lateral-esquerdo Gastón aproveitou cobrança de escanteio para fazer sua tentativa, mas a bola ficou na defesa de Thiago Cardoso. Enquanto os 

alvirrubros trabalhavam mais a bola, os tricolores não conseguiam se firma no meio de campo. Tanto que o time passou a apostar apenas nos lançamentos diretos entre a zaga e ataque. 

Com a ineficiência técnica, o Santa só voltou a aparecer no jogo por conta da qualidade individual de seus atletas. Aos 32, Léo Gamalho imprimiu velocidade pelo meio, mas chutou fraco. Dois minutos depois, Natan puxou contra-ataque e lançou Wescley, que driblou a zaga adversária e chutou em diagonal para fora. O meia chegou mais uma vez aos 42, quando surgiu pela direita e arriscou perigosamente. Júlio César salvou o Náutico. 

Se o primeiro tempo foi marcado pela apatia das equipes, a história do segundo tempo foi bem diferente. Santa Cruz e Náutico duelaram de igual para igual. Trabalharam e arriscaram mais. Apesar da movimentação, o placar permaneceu inalterado, sem gols. 

Na próxima rodada, Santa Cruz, que ainda sonha com o acesso à Série A, enfrenta o Bragantino, enquanto o Náutico recebe o Luverdense, também na Arena Pernambuco.