A
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática
(CCT) reúne-se na terça-feira (2), às 8h30, para apreciar projeto que
torna obrigatória e gratuita a identificação do número do telefone nas
chamadas telefônicas. O objetivo é evitar a prática de crimes por meio
das redes de telefonia e coibir abusos na prática dos serviços de
telemarketing e de cobranças.
O
Projeto de Lei do Senado (PLS) 433/2013, apresentado pelo senador Vital
do Rêgo (PMDB-PB), estabelece que as prestadoras de serviços de
telefonia fixa ou móvel oferecerão aos usuários, sem custo adicional, o
serviço de identificação do código de acesso originador da chamada.
Também proíbe a oferta de serviços ou equipamentos que impossibilitem ou
obstruam a identificação dos códigos de acesso telefônico pelos
usuários.
Vital ressalta que chamadas não identificadas – que
comumente aparecem na tela do telefone com expressões como “bloqueado”,
“restrito” ou “não identificado” – têm sido utilizadas pelo crime
organizado, estelionatários e chantagistas, “que procuram aterrorizar
suas vítimas sob o manto do anonimato”. Ele lembrou casos de pessoas que
vieram a falecer de infarto em razão do golpe do sequestro por
telefone, acreditando que o suposto sequestrador estivesse de fato com
um ente querido.
Se o número do telefone fosse identificado,
argumenta Vital, a polícia poderia rastrear e prender os bandidos. Mas
essa possibilidade se perde pela demora do procedimento previsto na
legislação em vigor – apresentação de denúncia para obtenção do número
de origem da chamada –, favorecendo o bandido, “que tem por hábito mudar
de celular rotineiramente”.
Telemarketing
O
projeto ainda torna obrigatória a identificação de código de acesso que
permita o imediato retorno da chamada em casos de ligações efetuadas
por empresas a consumidores. A intenção é evitar que ligações do tipo
“restrito” ou “não identificado” sejam usadas por call center,
telemarketing ou empresas de cobrança para campanhas agressivas ou
assédio moral, ferindo direitos previstos no Código de Defesa do
Consumidor.
O texto atual, na forma de substitutivo, é resultado
de ajustes feitos pelos relatores na Comissão de Meio Ambiente, Defesa
do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Ivo Cassol
(PP-RO), e na CCT, Benedito de Lira (PP-AL). Este último incluiu prazo
de 60 dias para que as prestadoras de serviços de telefonia cumpram os
dispositivos da lei.
Banda larga
Logo no
início da sessão, os senadores membros da CCT vão avaliar a política do
Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O senador Anibal Diniz (PT-AC)
vai apresentar um relatório de acompanhamento sobre o desenvolvimento
do programa. O relator participou de várias audiências públicas sobre o
assunto, com a presença de representantes do governo, de empresas de
telefonia e de entidades de defesa do consumidor.
Ainda constam
da pauta da CCT, o projeto que disciplina a oferta de descontos nas
tarifas e preços dos serviços de telecomunicações (PLS 18/2012) e o que
permite a dedução no Imposto de Renda de parcela dos valores investidos
na integralização de capital social em sociedades empresárias start-ups
(PLS 54/2014). A comissão ainda vai apreciar 63 projetos que tratam da
concessão ou renovação de concessão de TVs, rádios comerciais e rádios
comunitárias.Correio da PB
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