Promotor seguia de Águas Belas para Itaíba no dia
do crime (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Um super scanner está sendo usado nesta quarta-feira (17) em uma nova
reprodução simulada da morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares,
em Itaíba, no Agreste de Pernambuco. O equipamento, que foi trazido de
Brasília pela Polícia Federal, tira fotografias do local do crime e
transforma as imagens em 3D. A PF irá marcar uma entrevista coletiva, a
fim de passar detalhes da ação. “É objetivo e também de interesse da
Polícia Federal estar apresentando a conclusão dessas investigações
dentro do menor espaço de tempo possível”, garante Giovani Santoro,
chefe de Comunicação da Polícia Federal.do crime (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Três pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no caso: José Maria Pedro Rosendo Barbosa, suposto mandante do crime; um homem de 55 anos, preso na última semana em Buíque, no Agreste; e outro de 42 anos, preso em outubro no município de Senhor do Bonfim, na Bahia. O trio voltou a ser ouvido na sede da Polícia Federal no Recife, na terça-feira (16). Após a ouvida, José Maria foi liberado para falar com a impresa. "Hoje foram complementos dos depoimentos que já demos, não houve acariação. Espero que os verdadeiros culpados apareçam, que eles ainda não foram presos. Não posso dar nomes [dos supostos culpados]", disse.
Quatro
momentos da primeira simulação, realizada em 23 de dezembro de 2013:
Mysheva e o noivo vão à fazenda Esperança; na estrada, atirador dispara
contra o promotor; Mysheva se esconde em barranco para não ser alvejada;
ela é amparada por pessoas que passavam em carro (Foto: Reprodução / TV
Globo)
Uma primeira reprodução simulada foi realizada pela Polícia Civil e
representantes do Ministério Público de Pernambuco, em 23 de dezembro de
2013, antes do caso ser federalizado. O objetivo foi o de reproduzir o
mais fielmente possível todas as circunstâncias do crime, para
esclarecer dúvidas da investigação. De acordo com a Polícia Civil, a
motivação do crime seria uma disputa pela posse de terras. Em um leilão
da Justiça Federal, José Maria perdeu a sede de uma fazenda para Mysheva
Martins.Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. Para a Polícia Civil, que iniciou a investigação, foi o fazendeiro José Maria Barbosa quem contratou o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria.
Promotor de Justiça Thiago Faria Soares
(Foto: Facebook/Arquivo Pessoal)
A motivação envolveria uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. José
Maria perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça
Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo,
na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. Edmacy
Ubirajara chegou a ser preso – passou dois meses no Cotel. O advogado de
defesa conseguiu que o acusado saísse da prisão para responder pelo
homicídio em liberdade.(Foto: Facebook/Arquivo Pessoal)
Quatro cartuchos de espingarda 12 foram encontrados no carro do promotor. A noiva, Mysheva Martins, e o tio dela também estavam no veículo, mas não ficaram feridos. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás de um veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os envolvidos no crime voltaram e o que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local.
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