Da ABr
Foto: Roberto Stuckert Filho
A presidenta Dilma Rousseff
sancionou, com vetos, a lei que torna mais rígidos os critérios de
acesso ao seguro-desemprego, seguro defeso e abono salarial. A sanção
foi publicada hoje (17) no Diário Oficial da União e a lei entra em
vigor imediatamente.
A medida faz parte do ajuste fiscal e o governo espera economizar com a redução da concessão de benefícios trabalhistas.
A presidenta vetou dois pontos do texto
aprovado pelo Congresso Nacional, entre eles o que trata do
seguro-desemprego para o trabalhador rural.
Dilma vetou o Artigo 4°, segundo o qual
teria direito ao beneficio o trabalhador rural dispensado sem justa
causa que comprovasse ter recebido salários relativos a cada um dos seis
meses imediatamente anteriores à data de dispensa; ou ter sido
empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada
durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses e não ter exercido
atividade remunerada fora do meio rural no período aquisitivo, entre
outras regras.
O motivo do veto, segundo Dilma, é que a
medida resultaria em critérios mais restritivos para o trabalhador do
campo, com “quebra de isonomia em relação ao trabalhador urbano”.
O outro veto está relacionado à
concessão do abono salarial. A presidenta vetou a exigência de pelo
menos 90 dias trabalhados no ano-base para ter direito ao benefício. A
regra tinha sido incluída pelo governo e os senadores concordaram em
mantê-la no texto para não atrasar a votação, diante do compromisso de
Dilma em vetar a mudança de prazo na sanção.
Com o veto fica mantida a regra atual, que garante o pagamento do abono para quem trabalhar por pelo menos 30 dias no ano-base.
Na mensagem de veto, Dilma explica que a
retirada do trecho foi negociada com o Congresso Nacional e diz que a
eventual mudança no abono será analisada pelo Fórum de Debates sobre
Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, criado
pelo governo em abril.
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