Maria Júlia Coutinho, a Maju, se disse feliz pela campanha de apoio a
ela e de repúdio a insultos raciais postados na internet. No Jornal
Nacional desta sexta-feira (3), a jornalista agradeceu às manifestações
de carinho. "Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa", disse a
jornalista. Assista ao vídeo acima.
Maju foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional no
Facebook, em um post sobre previsão do tempo publicado na noite de
quinta-feira com uma foto dela. Alguns internautas fizeram comentários
ofensivos, e várias pessoas saíram em defesa da jornalista.
A hashtag #SomosTodosMajuCoutinho chegou ao topo dos trending topics,
os tópicos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (3). Internautas
criaram a tag para apoiar a repórter do Jornal Nacional.
"Acho importante, claro, essas medidas legais serem tomadas, até para
evitar novos ataques a mim e a outras pessoas", disse a jornalista a
respeito das investigações sobre o caso. "Não esmoreço, não perco o
ânimo, porque acho que isso é o mais importante. Cresci em uma família
muito consciente, de pais militantes, que sempre me orientaram. Eu sei
dos meus direitos", declarou.
Ao final, ela agradeceu ao carinho do público: "Quero demonstrar a
felicidade que eu fiquei, porque é uma minoria que fez isso. Eu fiquei
muito feliz com as manifestações de carinho. Eu recebi milhares de
e-mails, de mensagens."
Investigação
O Ministério Público do Rio de Janeiro e o de São Paulo pediram a
investigação das ofensas à jornalista Maria Júlia Coutinho publicadas
por internautas na página do Jornal Nacional no Facebook.
No Rio, por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, o Ministério
Público solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o
caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática
(DRCI).
Também haverá uma investigação sobre o caso em São Paulo.
O promotor Christiano Jorge dos Santos, da Promotoria Criminal do Fórum
da Barra Funda, abriu um procedimento investigativo para apurar dois
possíveis crimes: injúria ou racismo.
A investigação terá como base os prints dos comentários racistas feitos nas redes sociais.
Do G1
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