Pode ser exagerado, injusto e até ilegal a atitude do Sport em
expulsar membros da Torcida Jovem de seu quadro associativo. Até porque
não se deve generalizar, achar que todo componente de organizada é
marginal. O presidente João Martorelli e seu vice, Arnaldo Barros, sabem
bem disso. Mas a ação do clube vem em boa hora, até porque o Estado não
consegue dar um basta na violência que ronda o futebol.
A direção leonina sabe que, no mínimo, vai provocar discussão mais
ampla sobre o assunto. Fazendo com que Governo do Estado e Ministério
Público se voltem mais uma vez ao tema. E até chamando rivais Santa Cruz
e Náutico para a importância do assunto.
Sem falar que chama para a briga a própria Torcida Jovem. Briga
jurídica. E nesse duelo, não só a torcida tradicional (e normal) do
Sport, bem como a maior parte da população, está ao lado do clube.
Todos integrantes da Jovem podem até não ser marginais. Ou
arruaceiros. Mas estão sob o manto de um grupo que já é considerado
criminoso pelo Estado. Tanto que está proibido de frequentar estádios.
Mas como as autoridades não conseguem ser mais ágeis que eles, não os
impedem de ir aos jogos. Só de usar suas camisas.
Por isso a importância dessa cruzada leonina. Primeiramente cortando
gratuidade dos ingressos, depois proibindo o acesso ao clube. Em
seguida, não fazendo promoção para o setor que a organizada costuma
ficar. O que não deixa de ser um marco nesta luta que o futebol vinha
perdendo.
Que sirva de exemplo a todos os outros clubes. Especialmente aos que ainda protegem organizadas.Do JC
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