A
utilização da Tarifa Verde para viabilizar a irrigação e o processo de
silagem da produção de ração vem dando a oportunidade de agricultores
familiares paraibanos garantirem comida para alimentar os animais e
evitar a morte do rebanho nos períodos mais críticos da estiagem. A
silagem é um procedimento que permite que os alimentos para animais
sejam mantidos em boas condições até mesmo na seca.
Num
dos municípios onde a técnica vem sendo utilizada por agricultores
familiares, o município de Poço de Dantas, no Sertão a 540 quilômetros
de João Pessoa, uma das unidades implantadas tem capacidade para
armazenar 23 toneladas de ração e está localizada na comunidade Boa
Vista.
Outro município beneficiado é o de São Francisco, também
no Sertão, a 420 quilômetros da Capital, onde será cultivado sorgo
forrageiro (cultura para alimentação de animais) para o armazenamento em
silos de superfície.
Os agricultores familiares estão recebendo o
apoio técnico da Gestão Unificada (GU) da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater), do Empresa Estadual
Pesquisa Agropecuária Paraíba S/A (Emepa) e do Instituto de Terras e
Planejamento Agrícola do Estado da Paraíba (Interpa), com a coordenação
da Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca da Paraíba
(Sedap).
Na opinião do coordenador regional de Emater, Francisco
de Assis Bernardino, a opção de produzir e armazenar forragem é uma
forma de garantir ração para os animais no período crítico.
Tarifa Verde
A
utilização da Tarifa Verde permite a economia de energia, viabilizando a
irrigação dentro das faixas do plano A ou B. O programa possibilita
redução nos custos de energia elétrica de até 73%.
O programa
utiliza um medidor de dupla tarifa. A do plano A, quando o uso para a
irrigação acontece entre as 21h30 e 6h; e a do plano B, em que a
irrigação acontece entre 2h30 às 11h.
Um dos responsável pelo
programa Tarifa Verde, José Marinho de Lima, explicou que além da
economia de energia, o programa garante apoio para que o agricultor
possa utilizar o uso racional da água, através de um sistema de
irrigação mais eficiente que garanta a produção de pastagem para
posterior armazenamento.
A técnica está sendo implantada no sítio
Paraíso, no município de São Francisco, a 230 km de João Pessoa, onde o
sistema de irrigação utilizado é por gotejamento.
A opção por
produzir e armazenar forragem, segundo Assis Bernardino, irá garantir
alimento para o rebanho mesmo em plena estiagem, com a vegetação
devastada pela seca.
Conscientização
A
necessidade de armazenar forragem para o período crítico vem ajudando os
agricultores a aceitarem as campanhas feitas pela GU. Assis Bernardino
informou que esse trabalho de conscientização garantirá a utilização
correta das técnicas e o consequente suporte forrageiro para os
rebanhos.
"E evitará que boa parte do rebanho seja dizimado por conta da falta de ração durante a seca", analisou.
De
acordo com o coordenador regional da Emater, parte dos criadores não
tinham conhecimento de como utilizar a prática por isso a importância do
trabalho dos extensionistas dos órgãos envolvidos na GU.Correio da PB
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