segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sport vence Fluminense por 1x0 na Arena Pernambuco

Do JC Online

Danilo balançou as redes ainda no primeiro tempo / JC Imagem

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Foi bem longe de ser em grande estilo, mas na situação o mais importante era vencer. E o Sport venceu e encerrou os dez jogos de jejum no Brasileirão 2015 ao fazer 1×0 no Fluminense. Pelo andar da partida podemos afirmar com convicção que o gol de Danilo aos 17 do primeiro tempo foi o único sopro de inspiração em toda partida. O jogo foi tão arrastado que até o árbitro Heber Roberto Lopes não estava muito a fim dando apenas dois minutos de acréscimo no segundo tempo. O time da Ilha subiu para a 10ª posição com 36 pontos.
Quem pedia mudança teve. O técnico Eduardo Baptista resolveu usar seus dois centroavantes e reduzir a popularidade do meio de campo. Wendel saiu e André ganhou a companhia de Hernane Brocador. A sincronia do time funcionava da seguinte maneira: quando a bola vinha da defesa Marlone saída da ponta para judar na criação e André caía pela esquerda. Só que o Flu ficou todo no campo defensivo e o Sport com pouca mobilidade. A bola ficava de um lado para o outro. Lento e fácil de ser marcado, o time pernambucano parecia jogar em câmera lenta.
Do outro lado o Fluminense ficava pronto para sair na velocidade com Marcos Júnior e Gerson. E logo aos seis minutos poderia ter mudado completamente a história do jogo se o árbitro Heber Roberto Lopes fosse mais rigoroso. Gerson partiu para o gol e Durval entrou de carrinho. Ficou só no amarelo. Os rubro-negros só conseguiram mudar a rotação aos 17 minutos. E foram letais. Marlone acionou André pelo lado esquerdo da área. O camisa 90 tocou de calcanhar e Danilo soltou uma bomba de três dedos, sem chance para Cavalieri. Não deixou de ser irônico. Um dos jogadores menos populares com o torcedor tirou o time da pasmaceira com um belo gol.
Como foi escrito aí em cima, o panorama mudou. Os laterais do Sport adiantaram um pouco. Os dois lados do campo ficaram bloqueados na altura do meio de campo. Bingo. O Sport tomou conta do jogo e, ainda que não repetisse a jogada rápida do gol, manteve o adversário longe de pressionar. Só naquela agonia habitual de final de etapa o Fluminense arriscou-se um pouco mais, porém apenas levantando a bola na área.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Eduardo Baptista repetiu novamente um posicionamento que até hoje não deu certo: Regis na ponta direita no lugar de Maikon Leite. O que pode ser apontado como positivo foi a marcação do time rubro-negro. Bem mais adiantado, sufocou a saída de bola do Fluminense, que naturalmente iria se atirar para buscar o empate.
Numa dessas apertadas, aos nove minutos, André puxou o contra-ataque e serviu Diego Souza. Na hora do chute ele foi bloqueado por Jean. O time carioca só começou a ganhar um pouco mais de espaço a partir dos 20 minutos. Estava na hora de mais um volante e Eduardo acionou Wendel no lugar de André. Para corrigir o posicionamento de Regis, Élber entrou no lugar de André e deslocou o camisa 10 para o meio de campo.
A essa altura a partida caminhava a passos de tartaruga. Ruim para quem assiste mas ótimo para quem está ganhando. A bola passava de um campo para o outro mais pelo alto do que por baixo. Estava mais para vôlei do que futebol: o Fluminense cruzava e o Sport tentava engatar o ataque na ligação direta. Some-se a isso a incrível disposição de Heber Roberto Lopes em amarrar o jogo. Cada cobrança de falta durava no mínimo um minuto para todo ritual de contagem dos passos, marcação do local da barreira e evitar o agarrado entre atacantes e defensores na área – sempre do Sport. A cereja no bolo da ojeriza do juiz pela partida foi dar apenas dois minutos de acréscimo no segundo tempo.

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