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Papa Francisco, em foto de 30 de janeiro, e o Patriarca da Igreja
Ortodoxa Russa, Kirill, em foto de 7 de janeiro (Foto: AP Photo/Ivan
Sekretarev/Andrew Medichini)
Antes de iniciar sua viagem de uma semana ao México, o Papa Francisco
terá um encontro histórico com o patriarca da Igreja Russa Ortodoxa, em
Cuba, na sexta (12). Os dois irão se reunir privadamente no aeroporto de
Havana por duas horas e apresentarão uma declaração conjunta, na presença do presidente Raul Castro.As igrejas Católica Apostólica Romana e Católica Apostólica Ortodoxa se separaram durante a Grande Cisma do Oriente, em 1504, quando os líderes das igrejas em Roma e Constantinopla excomungaram-se mutuamente. Desde então, elas divergem em uma série de assuntos, incluindo a supremacia do papa.
De acordo com a AP, a violência que ameaça extinguir a presença de cristãos - católicos e ortodoxos - no Oriente médio e na África aproximou as igrejas. Ambas têm se manifestado contra os ataques extremistas islâmicos e a destruição de monumentos cristãos, especialmente na Síria.
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Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, conduz cerimônia na
Catedral de Assunção, em Moscou, em 4 de novembro de 2015 (Foto: AP
Photo/Alexander Zemlianichenko)
Em um comunicado conjunto, as igrejas afirmam que o encontro “irá
marcar um importante estágio nas relações entre as duas igrejas”.Cerca de dois terços dos cristãos ortodoxos do mundo, aproximadamente 200 milhões de pessoas, pertencem à Igreja Ortodoxa Russa. A Igreja Católica afirma ter 1,2 bilhão de fiéis.
Cuba
Chad Pecknold, teólogo da Unviersidade Católica da América e autor de “Cristianismo e Política: um breve guia histórico”, acredita que a escolha de Cuba seja significativa especialmente para Kirill, considerando os laços do país com o comunismo e a extinta União Soviética. O líder da Igreja Ortodoxa Russa estará em Cuba para sua primeira visita oficial à América Latina.
Outros analistas concordam que um país fora da Europa e oficialmente comunista não foi uma escolha ao acaso. Além disso, o Papa Francisco também reforçou seus laços com o país ao participar do processo de reaproximação de Cuba com os EUA.
México
Após o encontro, o Papa Francisco segue para uma visita ao México, onde fica até o dia 18 de fevereiro. Além de um encontro com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ele irá realizar missas para indígenas, um encontro com famílias, visita a uma prisão e homílias.
Um dos destaques da viagem deve ser sua missa de encerramento, na tarde de 17 de fevereiro, em Ciudad Juárez. Na ocasião, ele deve expressar sua solidariedade aos migrantes que tentam cruzar a fronteira com os Estados Unidos. A expectativa é de que 200 mil mexicanos e 50 mil texanos se reúnam para a benção do papa.
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