A
vida da jovem Mariana Dantas Silva, 18 anos, residente em Cacimba de
Areia (PB), foi marcada por uma situação que a deixou perplexa após a
realização de um parto cesariana, ocorrido no dia 09 de novembro de
2015, na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos. A moça alegre e
disposta agora está abatida e depende da ajuda de familiares para ações
corriqueiras do dia a dia.
O bebê
de Mariana, um lindo garoto, não teve os carinhos da mãe nos primeiros
meses de vida, pois desde o dia que saiu da Maternidade Dr. Peregrino
Filho, a jovem sentia dores abdominais, no entanto, tanto ela como as
demais pessoas imaginavam serem dores normais, pois o parto cesariana,
de fato, causava certo desconforto.
As dores aumentavam cada vez mais. Dois meses depois Mariana voltou para a Maternidade
em busca de melhoras para seu caso. A barriga da moça apresentava
deformação e ela relata que sentia algo estranho dentro do corpo. O
local da cirurgia apresentava aspectos de infecção e secreção purulenta.
A jovem teve que ser internada na Maternidade, porém ela confessa que
só fazia piorar ao ponto que a família decidiu retirar Mariana da
internação mesmo sendo contestada pela direção da Maternidade.
Mariana
disse que o médico Dr. Odir Pereira, que também é diretor da
Maternidade a examinou durante a sua internação,
mas a moça relata que o médico disse que estava tudo normal. Mariana
comenta que o médico se mostrou insensível e até causou mais desconforto
ao averiguar a cirurgia dela que doía bastante e já não respondia a
medicação prescrita.
Mariana
realizou um exame de ultrassonografia na própria maternidade, mas
relataram para ela que estava tudo dentro da normalidade, porém ela
ouviu murmúrios de alguns profissionais que diziam que algo estava
errado. A médica que realizou a cirurgia em Mariana foi Dra. Socorro que
relatou para a família que não se preocupasse, pois estava tudo dentro
da normalidade.
Ocorre
que no mês de março de 2016, as dores são mais violentas e a família
decide levar Mariana para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Os
parentes contam com apoio de amigos e solidariedade dos médicos do
Trauma. No Trauma, Mariana realiza uma tomografia que acusa objeto
estranho no abdômen. O que Mariana temia se confirma: foi esquecida uma
gaze compressiva usada durante a cirurgia para o parto cesariana
ocorrido em novembro na Maternidade Dr. Peregrino Filho.
A
operação para retirada do objeto foi realizada no dia 03 de março de
2016. A equipe médica do Hospital do Trauma de Campina Grande que
realizou a cirurgia foi composta pelos médicos Dr. Valeriano, Dra.
Milena e o Dr. Robério. A descrição da operação não deixa dúvidas: “retirada de compressa cirúrgica”.
Mariana passou 25 dias internada no Hospital de Trauma de Campina
Grande e perdeu uma parte do seu intestino ocasionado pela presença da
compressa que causou infecção em órgãos.
A
reportagem fez contato com a assessoria de comunicação da Maternidade
Dr. Peregrino Filho para explicações sobre o caso exposto. O
departamento responsável relatou que preferia se posicionar após a
publicação da matéria. Patosonline.com
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