A crotalária atrai a libélula que é predadora do Aedes aegypti
Com base nessa relação ecológica, o movimento Plantando o Bem pretende estimular população e governo a cultivar a crotalária em possíveis focos do mosquito, como praças, jardins, quintais, vasos e margens de rios. Para a produtora Sofia Gomes, uma das idealizadoras do projeto, o ponto alto do evento deste sábado é a oficina de plantio. “Escolhemos trabalhar com as sementes ao invés de mudas por um propósito. A ideia é que as pessoas criem afeto com a planta, desde o momento do cultivo, como se estivessem criando um filho. Acreditamos que, por meio dessa afetividade, elas tomem consciência sobre esse problema grave que nos atinge.”
A engenheira agrônoma Norma Nei, que será a instrutora das oficinas de plantio, ressalta como vantagem a baixa necessidade de manutenção da planta, que se torna uma alternativa boa e barata no combate ao mosquito. “A manutenção é simples. É uma semente que germina rapidamente apenas com uma ligeira cobertura. Além disso, a planta é perfeita para nossa região, já que não necessita de muita água”, esclarece a engenheira, acrescentando que a crotalária atinge de 60 centímetros a 1 metro de altura e que floresce em 90 dias, se for bem cuidada.
Algumas cidades do Brasil já incorporaram o plantio da espécie como estratégia de enfrentamento ao Aedes aegypti. Em 2014, a Prefeitura de Andradina (SP) espalhou a planta pela cidade e viu o número de casos de dengue cair de 3 mil para 49 em um ano. Em 2016, o objetivo é plantar 300 quilos da semente, distribuída gratuitamente para a população.
A ação de amanhã é aberta ao público. Das 10h às 17h, crianças e adultos participam de oficinas de plantio, atividades de grafitagem, kokedama (arte oriental com vasos feitos de argila), contação de histórias, shows artísticos e exposições. Quem desejar adquirir os sacos de semente terá que desembolsar o valor simbólico de R$ 1. Do JC
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