As
dificuldades de articulação do Náutico foram crônicas no empate que
eliminou os alvirrubros da Copa do Brasil nesta quinta-feira (7/4). Em
pleno aniversário, o Timbu ficou no 1×1 com o Vitória da Conquista
depois de tomar 1×0, ter um pênalti a favor não marcado e ver o
adversário ter diversas chances de contra-ataque. O time baiano ganhou a
vaga por conta do 0x0 no jogo de ida e vai enfrentar o Santa Cruz na
próxima fase.
Os
dois times tiveram uma dificuldade imensa em colocar a bola no chão
durante quase todo primeiro tempo. O Vitória da Conquista concentrou sua
marcação na região central do campo. Essa postura rachou o time do
Náutico em dois blocos sem ligação entre eles. Os dois laterais, os dois
zagueiros e Rodrigo Souza ficavam atrás e os dois armadores e o trio
ofensivo lá na frente. Só dava na ligação direta.
Somente
num contra-ataque, aos 22 minutos, o time visitante pôs a bola no chão e
chegou ao gol. Zé Paulo recebeu livre, perto do bico da grande área
pela esquerda. Ajeitou, mirou e acertou o canto esquerdo de Júlio César.
O prejuízo obrigava o Timbu a fazer dois gols. Mas o que se viu foi um
time que de acelerado passou a afobado, inflado pela paciência da
torcida, que compreensivelmente, não aceitava o placar.
Mesmo
sem conseguir trocar passes em velocidade, marcar a saída de bola do
adversário e sequer finalizar de média distância, o Náutico teve do que
reclamar. Numa disputa de bola com Rony dentro da área, Thiaguinho
mandou a bola para a linha de fundo como um jogador de vôlei. Pênalti
claro e de frente para o assistente, que anotou apenas escanteio. O
Vitória ainda teve condição de ampliar num chute de Maicon Costa que foi
na trave. Tatu, cara a cara com Júlio César preferiu tocar para trás do
que arriscar o gol.
Ninguém
mexeu na volta para o segundo tempo. E a qualidade de jogo do Náutico
também não. O abismo entre o ataque e o meio não diminuiu e as
transições – tanto ofensivas quanto defensivas – demoravam mais que o
recomendável. Além de dificultar o ataque, deixava um espaço perigoso
para o adversário contra-atacar. Mesmo assim, o empate chegou na base da
força. Daniel Morais caiu numa dividida mas conseguiu tocar para
Esquerdinha, mesmo sentado. Esquerdinha acertou o canto direito de
Carlos e o Timbu voltou para o jogo.
O
empate do Náutico deixou o Vitória ainda mais encolhido, tanto que
nenhum jogador de verde posicionava-se no campo ofensivo. Já o técnico
Gilmar Dal Pozzo resolveu arriscar mais ao tirar Eduardinho para acionar
Joazy como ponta. Mas o time não entendeu e continuou forçando o jogo
pelo meio. Renan Oliveira não se apresentava, deixando a tarefa para
esquerdinha.
A
cartada final do técnico alvirrubro foi mandar Thiago Santana no lugar
de Rodrigo Souza. A zaga ficou mais exposta, mas o a intenção era
aumentar a posse de bola lá na frente. Mas a marcação eficiente dos
visitantes não deixou os pernambucanos finalizarem com risco para o gol
de Carlos.Do JC
Nenhum comentário:
Postar um comentário