sexta-feira, 8 de abril de 2016

Náutico empata com Vitória da Conquista e está fora da Copa do Brasil


Festa na Arena foi dos baianos do Vitória da Conquista / Foto: André Nery/JC Imagem

As dificuldades de articulação do Náutico foram crônicas no empate que eliminou os alvirrubros da Copa do Brasil nesta quinta-feira (7/4). Em pleno aniversário, o Timbu ficou no 1×1 com o Vitória da Conquista depois de tomar 1×0, ter um pênalti a favor não marcado e ver o adversário ter diversas chances de contra-ataque. O time baiano ganhou a vaga por conta do 0x0 no jogo de ida e vai enfrentar o Santa Cruz na próxima fase.
Os dois times tiveram uma dificuldade imensa em colocar a bola no chão durante quase todo primeiro tempo. O Vitória da Conquista concentrou sua marcação na região central do campo. Essa postura rachou o time do Náutico em dois blocos sem ligação entre eles. Os dois laterais, os dois zagueiros e Rodrigo Souza ficavam atrás e os dois armadores e o trio ofensivo lá na frente. Só dava na ligação direta.
Somente num contra-ataque, aos 22 minutos, o time visitante pôs a bola no chão e chegou ao gol. Zé Paulo recebeu livre, perto do bico da grande área pela esquerda. Ajeitou, mirou e acertou o canto esquerdo de Júlio César. O prejuízo obrigava o Timbu a fazer dois gols. Mas o que se viu foi um time que de acelerado passou a afobado, inflado pela paciência da torcida, que compreensivelmente, não aceitava o placar.
Mesmo sem conseguir trocar passes em velocidade, marcar a saída de bola do adversário e sequer finalizar de média distância, o Náutico teve do que reclamar. Numa disputa de bola com Rony dentro da área, Thiaguinho mandou a bola para a linha de fundo como um jogador de vôlei. Pênalti claro e de frente para o assistente, que anotou apenas escanteio. O Vitória ainda teve condição de ampliar num chute de Maicon Costa que foi na trave. Tatu, cara a cara com Júlio César preferiu tocar para trás do que arriscar o gol.
Ninguém mexeu na volta para o segundo tempo. E a qualidade de jogo do Náutico também não. O abismo entre o ataque e o meio não diminuiu e as transições – tanto ofensivas quanto defensivas – demoravam mais que o recomendável. Além de dificultar o ataque, deixava um espaço perigoso para o adversário contra-atacar. Mesmo assim, o empate chegou na base da força. Daniel Morais caiu numa dividida mas conseguiu tocar para Esquerdinha, mesmo sentado. Esquerdinha acertou o canto direito de Carlos e o Timbu voltou para o jogo.
O empate do Náutico deixou o Vitória ainda mais encolhido, tanto que nenhum jogador de verde posicionava-se no campo ofensivo. Já o técnico Gilmar Dal Pozzo resolveu arriscar mais ao tirar Eduardinho para acionar Joazy como ponta. Mas o time não entendeu e continuou forçando o jogo pelo meio. Renan Oliveira não se apresentava, deixando a tarefa para esquerdinha.
A cartada final do técnico alvirrubro foi mandar Thiago Santana no lugar de Rodrigo Souza. A zaga ficou mais exposta, mas o a intenção era aumentar a posse de bola lá na frente. Mas a marcação eficiente dos visitantes não deixou os pernambucanos finalizarem com risco para o gol de Carlos.Do JC

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