O grupo do Vaticano foi recebido em Guarabira pelo bispo diocesano Dom Francisco Lucena, que informou que já teve fim a primeira fase (diocesana) do processo de beatificação. Agora, as documentações seguirão para uma segunda instância, na Santa Sé, que passará a avaliar o caso com maior profundidade. Não há, no entanto, conforme alertou o bispo, um prazo definido para que haja uma resposta quanto à possível beatificação do Padre Ibiapina, a quem já são atribuídas algumas graças alcançadas por fiéis, mas nenhum milagre comprovado.
A comitiva do Vaticano fica em Guarabira por 10 dias e se despede da diocese na próxima segunda-feira (30). Nesse período, os profissionais enviados entrarão em contato com fiéis e ouvirão relatos das bênçãos alcançadas. Eles também se aprofundarão na biografia do Padre Ibiapina, que é sepultado no distrito de Santa Fé, no município de Solânea, no Agreste da Paraíba, a 130 km da Capital.
“Os restos mortais do padre foram exumados e será feito um estudo sobre um possível tratamento deles. Neste domingo (29), colocados em uma nova urna, estarão em celebração na capela de Santa Fé, às 15h, e serão devolvidos, em seguida, ao túmulo”, explicou Dom Lucena.
Cearense de Sobral, o Padre Ibiapina viveu de 1806 a 1883 e é conhecido por sua obra missionária, percorrendo a região Nordeste em missões evangelizadoras, erguendo casas de caridade, igrejas, capelas, cemitérios, reservatórios de água e açudes. Formado em Direito, tendo ocupado cargos na magistratura e na Câmara dos Deputados, também ensinou técnicas agrícolas aos sertanejos, atuação que inspirou o Padre Cícero e Antônio Conselheiro, e defendeu os direitos dos trabalhadores rurais.Correio da PB
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