sábado, 11 de junho de 2016
Empresa usava água suja guardada em poço para vender como mineral, na Paraíba
Uma fábrica que adulterava água mineral foi descoberta e fechada na manhã desta sexta-feira (10) após uma fiscalização do Procon de Patos, município do Sertão paraibano, a 317 km de João Pessoa. A água que enchia os garrafões de 20 litros e era comercializada em mercadinhos da cidade saía de um poço, onde foram encontrados cobras, sapos e outros animais mortos.
De acordo com o Procon, a fabricação ilegal da água foi descoberta após denúncias de consumidores que notaram gosto ruim na água.
“Algumas pessoas vieram denunciar o gosto diferente da água e fizemos vistoria em mercadinhos da cidade. Acabamos constatando que alguns vasilhames de água mineral não tinham procedência comprovada pelos comerciantes e continuamos a investigação. Conseguimos chegar até um sítio na Zona Rural da cidade, onde comprovamos a irregularidade”, contou o coordenador-geral de fiscalização e autuação do Procon de Patos, Cleber Medeiros.
No sítio, a fiscalização encontrou máquinas que eram usadas para puxar água do poço e abastecer os garrafões. Foi no poço que os fiscais detectaram as péssimas condições sanitárias e confirmaram a adulteração do produto.
“O dono da empresa comprou todo o maquinário necessário para captar a água desse poço, confirmando a adulteração do produto, já que era vendido como água mineral. Constatamos que o local não oferece nenhuma condição sanitária e a água do poço estava misturada com diversos animais mortos, entre eles cobras e sapos”, afirmou Cléber.
Ainda segundo o Procon, o dono do estabelecimento não foi localizado no sítio, mas funcionários da empresa afirmaram que sabiam da adulteração, mas que se sujeitavam a trabalhar por falta de oportunidades em outras empresas.
Após a operação, o local foi lacrado e interditado pelo Procon e todo o maquinário e a água apreendida vão ser encaminhados para perícia.
“Além da operação no sítio, também conseguimos apreender um veículo e mais garrafões da água adulterada que eram distribuídos no comércio local. Todas as máquinas e os garrafões foram apreendidos e vão passar por perícia”, contou Cléber Medeiros.
Ainda segundo Cléber Medeiros, os responsáveis pela empresa vão responder a um processo administrativo, que pode ser modificado para um processo criminal no fim das investigações.Correio da PB
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