Um
adolescente de 16 anos foi detido, na manhã desta quarta-feira (1º),
suspeito de ter matado com cerca de 40 facadas o professor e
cabeleireiro Jair Gomes Figueiredo Júnior,
38 anos, no dia 17 de maio, na casa dele no bairro de Mangabeira 8, em
João Pessoa. O menor foi detido em Alagoa Grande, a 103 km da Capital,
após denúncias no 197, e teria confessado que matou a vítima porque ela
teria tentado manter relações com ele.
De
acordo com o delegado Reynaldo Nóbrega, o professor e o adolescente
tinham amigos em comum e se conheceram um dia antes do assassinato. Essa
amizade em comum o levou até a casa da vítima em Mangabeira para uma
festa, que começou na noite de 16 de maio e terminou na manhã seguinte,
com consumo de bebidas. Nóbrega disse que, com base no depoimento do
adolescente, ele e o professor ficaram sozinhos, depois que todas as
outras pessoas que participavam da festa foram embora, e a vítima teria
tentado manter relações sexuais com o adolescente.
Ainda conforme
o delegado, com base no relato do suspeito, o menor disse que não era
homossexual, momento em que o professor teria se armado com uma faca.
Essa arma teria sido tomada pelo suspeito, que alegou legítima defesa e
esfaqueou o professor até a morte. “Ele contou no depoimento que só
parou de esfaquear quando percebeu que a vítima não respirava mais”,
disse Nóbrega, a partir do relato do adolescente, que teria alegado
ainda que está arrependido. A autoridade falou que foram dezenas de
perfurações.
Nóbrega disse que descartou a hipótese
de legítima defesa por conta da violência do crime. “Se ele não queria
manter relações com a vítima, por que simplesmente não foi embora? Ele
desferiu dezenas de perfurações... Descarto a tese de legítima defesa”,
falou o delegado.
No dia do crime, o adolescente fugiu sem roubar
nada e se escondeu na casa de parentes, em Alagoa Grande. O delegado
Reynaldo Nóbrega contou que a polícia recebeu denúncias anônimas por
meio do 197, que a levaram até a localização do menor.
De acordo
com o delegado, ele já respondia por ato infracional semelhante a roubo e
depois de ter sido interrogado na manhã desta quarta (1º), ficará à
disposição da Justiça por meio da Vara da Infância, em João Pessoa.Correio da PB
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