No dia em que o assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos,
completou seis meses, ainda sem solução, o procurador-geral de Justiça,
Carlos Guerra de Holanda, determinou que uma força-tarefa seja criada
para atuar no caso e colaborar com as investigações. Cinco promotores de
Justiça foram designados. O grupo ficará sob a coordenação do promotor
de Petrolina, Carlan Carlo da Silva, que já estava acompanhando o
inquérito policial.
Nesta sexta-feira (10), o delegado Marceone Ferreira concedeu
entrevista à imprensa, mas não anunciou nenhuma novidade sobre as
investigações. Por enquanto, nenhum suspeito de envolvimento no crime
bárbaro foi identificado pela polícia – que vem sendo alvo de críticas
constantes.
Beatriz foi morta durante festa de formatura no Colégio Nossa Senhora
Maria Auxiliadora, onde estudava. O corpo, com uma faca cravada na
barriga, foi encontrado dentro de um armário no vestiário esportivo. O
promotor de Justiça Carlan Carlo da Silva chegou a afirmar que o crime
pode ter caráter religioso. De acordo com ele, essa é uma das principais
linhas de investigação. Atualmente, as investigações da Polícia Civil
estão sob sigilo. Saiba o porquê.
O último pronunciamento da polícia havia acontecido no final de
março, quando a perícia revelou que a criança não foi morta no local em
que o corpo foi encontrado. Revelou-se ainda que funcionários do colégio
são considerados suspeitos porque apresentaram contradições em
depoimentos à polícia. Alguns foram demitidos pela instituição
particular.
Em vídeo publicado nas redes sociais, no final do mês passado, a mãe de Beatriz, Lúcia Mota, fez críticas ao trabalho da polícia e acusou a escola de negligência.
Mobilização
Em abril, uma campanha mobilizou
pessoas de todas as partes do Brasil e até de outros países. Vídeos
foram enviados e publicados na página “Beatriz clama por Justiça”, no
Facebook, com pedidos de justiça e de pressa na conclusão das
investigações.
Relembre o caso
Beatriz foi encontrada morta,
com uma faca cravada na barriga, durante festa de formatura, em 10 de
dezembro do ano passado. De acordo com a polícia, os pais da criança,
que também estavam no evento, notaram o desaparecimento da menina e a
chamaram pelo microfone do palco que estava montado na quadra do
colégio. As pessoas se mobilizaram e formaram duplas para procurar pela
menina, cujo corpo estava dentro de um armário no vestiário esportivo.Do JC
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