quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Réu tenta envolver ex-noiva de promotor


Thiago foi morto em outubro de 2013 / Reprodução

JC Online

Ouvido nesta quarta-feira (26) no terceiro dia do julgamento dos acusados pela morte do promotor Thiago Faria Soares, o agricultor José Maria Pedro Rosendo – apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como mandante do crime – se declarou inocente e tentou envolver a advogada Mysheva Martins, ex-noiva de Thiago, no assassinato. O promotor foi morto com tiros de espingarda calibre 12, em outubro de 2013, na estrada que liga os municípios de Águas Belas e Itaíba, no Agreste.
Rosendo alegou que Mysheva teria passado um período se relacionando, ao mesmo tempo, com o promotor e com um antigo namorado, o comerciante Glécio Oliveira Júnior, com quem teria rompido em fevereiro de 2013. Segundo José Maria – conhecido com Zé Maria de Mané Pedro –, Glécio chegou a procurá-lo e comentar que o final do relacionamento o havia deixado muito abalado. “No interior, quando um homem é traído, mata a mulher, o amante, ou os dois. Isso é comum”, comentou o agricultor, durante o depoimento à juíza Amanda Lucena Torres, da 4ª Vara Federal, que preside o julgamento.

RÉU

Segundo Zé Maria de Mané Pedro, Glécio teria emprestado a Mysheva os R$ 100 mil utilizados na compra de 25 hectares da Fazenda Nova, em um leilão, em 2012. Rosendo e sua família moravam no local e travaram uma disputa judicial com a advogada para não deixarem o imóvel. De acordo com a acusação do MPF, a intervenção de Thiago Faria junto à Justiça para agilizar a imissão de posse para a noiva foi o motivo do homicídio. A hipótese do envolvimento de Glécio e Mysheva no crime foi descartada pela investigação da Polícia Federal (PF). O advogado que representa Mysheva Martins na assistência de acusação durante o julgamento, José Augusto Branco, rechaçou as declarações de Rosendo.

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