Em busca da boa imagem junto à população de Água Branca, no Sertão da Paraíba, os vereadores do município chegaram a aprovar em junho do ano passado a redução do próprio salário, de quase R$ 3 mil, para um salário mínimo a partir deste ano. Mas, após faturarem a eleição, a Câmara Municipal encontrou uma “brechinha” legal para rever a decisão e voltar a ser tudo como era antes.
O ex-presidente da Câmara, Miraci Martins, o Mira de Peba (DEM), vetou o projeto alegando que a vereadora Maria do Desterro colocou uma emenda considerada inconstitucional. Um dos contemplados com a derrubada da lei é o filho de Miraci, o vereador Gustavo de Mira, eleito para o primeiro mandato.
De acordo com Miraci, a emenda previa que o dinheiro economizado com a redução dos salários fosse destinado a pessoas que não tinham condições de comprar medicamentos, mas a proposta inicial era de que os valores fossem enviados ao executivo para ser revertido em serviços à população.
Miraci alegou que, embora não tenha sancionado o projeto de redução salarial, não houve aumento dos subsídios dos vereadores e que por isso não vai ocorrer prejuízos aos cofres da Câmara. Atualmente, um parlamentar recebe um salário de R$ 2.700, sendo que o presidente da Câmara tem um salário de R$ 5 mil. O gasto atual mensal com o pagamento dos salários dos vereadores é de R$ 25.600.
Pela nova regra, passará a ser de R$ 8,8 mil por mês. O projeto que não foi sancionado também previa a redução dos salários do prefeito e vice. Eles iriam receber o equivalente a dois salários mínimos, mas vão continuar recebendo R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Blog Djacir Pereira
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