quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

PF investiga organização criminosa instalada em prefeituras do Agreste


Cerca de 70 policiais federais estão em busca de materiais como documentos, planilhas e mídias de computador em quatro cidades / Foto: Agência Brasil

JC Online

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (15), a Operação Cosa Nostra, em ação conjunta com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado, para desarticular uma organização criminosa instalada em diversas prefeituras do Agreste do Estado. Agentes públicos municipais são suspeitos de fraudar processos licitatórios, direcionando seus resultados. O valor dos recursos públicos destinados às empresas investigadas para beneficiar políticos, parentes e empresários gira em torno de R$ 100 milhões.


O grupo atuava nas cidades de Agrestina, Panelas, Jurema, Água Preta, Lagoa dos Gatos, Bom Conselho, Jupi, Iati, Riacho das Almas e Angelim. Ao todo, estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, sendo três em Agrestina, seis em Caruaru,  sete em Garanhuns e um em São João. Os três últimos municípios não estão envolvidos no esquema,  são apenas endereços de integrantes dos cartéis e empresas.
Cerca de 70 policiais federais e 10 membros da Controladoria estão em busca de materiais como documentos, planilhas e mídias de computador.

Oito pessoas vão ser indiciadas na Operação Cosa Nostra

Oito pessoas suspeitas, entre políticos, representantes de empresas e servidores públicos vão ser indiciados e responsabilizados na medida de sua participação nos crimes de frustação de caráter competitivo de licitação, fraude na contratação, corrupção ativa e passiva e crime de responsabilidade. As penas somadas ultrapassam 30 anos.

Investigações da Operação Cosa Nostra começaram em junho de 2016

As investigações começaram em junho do ano passado. A partir da denúncia de um vereador foram identificadas diversas irregularidades envolvendo contratação de empresas. Um determinado cartel composto por 'sócios-laranjas' estava vencendo licitações para execução de obras públicas com verbas federais, principalmente na área de saúde e educação.  

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