Além de estar sendo investigado pela Delegacia da Mulher, Kid Nelio Souza de Melo também responde a dois processos por erro médico
O médico traumatologista suspeito de estuprar pelo menos cinco pacientes mulheres no Recife deverá ser intimado pela Polícia para responder pelas acusações. Além de estar sendo investigado pela Delegacia da Mulher, Kid Nelio Souza de Melo, de 35 anos, que atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira e em alguns hospitais privados do Recife, também responde a dois processos na Justiça por erro médico.
O primeiro, datado de maio de 2016, diz respeito a uma denúncia de um policial que passou por uma cirurgia no punho direito e precisou ter o procedimento refeito por outro profissional. O segundo processo, que chegou ao Poder Judiciário em outubro de 2016, tem como vítima uma mulher e tramita na 31ª Vara Cível da Capital.
A Justiça ainda não se posicionou sobre as denúncias. O médico, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, teve a primeira licença profissional registrada no Conselho Regional de Medicina daquele estado (Cremern). O registro foi transferido ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), quando ele se mudou de Natal para o Recife.
Paralelamente ao inquérito policial por estupro, o Cremepe abriu sindicância interna que pode culminar com a cassação do registro. Sobre os possíveis casos de erro médico, o Cremepe informou que, por sigilo ético profissional, não divulga detalhes do que foi apurado nem dos antecedentes do profissional investigado.
Abuso sexual
O médico, que tem 35 anos e graduou-se em 2009, foi denunciado por cinco pacientes que dizem ter sido abusadas por ele. Uma vítima de 18 anos, que fez a primeira denúncia, procurou atendimento no setor de traumatologia da UPA da Imbiribeira por volta das 9h do dia 21 de fevereiro após sofrer um acidente em casa. O traumatologista solicitou exames e, quando ela retornou para entregá-los, ele a molestou no consultório. Em depoimento, a jovem contou à polícia que o médico pediu para ela abaixar o short, a apalpou, esfregou o corpo contra o dela e ejaculou.
Com a divulgação do caso, outras quatro mulheres procuraram a polícia para denunciá-lo. A coordenação da UPA afastou o profissional e informou que a direção tomará medidas cabíveis, além de se colocar à disposição da polícia para apoiar a apuração do caso.
Fonte: Diário de Pernambuco
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