Da Editoria de Economia do JC
O preço do pão francês comprado nas padarias de Pernambuco deve sofrer um alta de em média 10% a partir deste mês. Antes da paralisação dos caminhoneiros, segundo o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Pernambuco (Sindipão), o reajuste já era estimado pelo setor por conta da variação do dólar e da crise cambial enfrentada pela Argentina – principal exportadora de trigo para o Brasil –, mas não passava dos 5%.
Antes da greve, segundo o Sindipão, a farinha de trigo que era comprada por R$ 48 havia subido para R$ 57, chegando a R$ 68 na última semana. "Só no início deste ano tivemos que arcar com aumento de 3% na folha salarial de funcionários, alta de quase 9% na conta de luz e custos até mesmo repassados pelo mercado internacional, como a alta do dólar e a situação econômica da Argentina, principal país exportador de trigo para o Brasil”, afirma o presidente do sindicato, Paulo Pereira.
Com a paralisação, Segundo a Consultoria Trigo & Farinhas, nos últimos cinco dias de greve dos caminhoneiros, cerca de 22,5 mil toneladas/dia de trigo deixaram de ser entregues no Brasil, um prejuízo de R$ 225 milhões ao setor.
Proprietário da delicatessen Parla Deli, na Zona Norte do Recife, o empresário Marcelo Silva já reajustou o preço do pão francês em 6%. “Estamos fazendo esse movimento de reajuste depois de dois anos com altas consecutivas do gás de cozinha, luz e outros custos. O quilo do pão francês saiu de R$ 10,80 para R$ 11,50 nos meus estabelecimentos”, conta ele.
IPC-S
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,41% em maio, acelerando da taxa de 0,34% apurada em abril, revelou ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No período, que sentiu os efeitos da greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21, cinco das oito classes de despesas avançaram: Transportes (0,16% para 0,48%), Alimentação (0,09% para 0,24%), Habitação (0,62% para 0,73%), Vestuário (0,07% para 0,41%) e Despesas Diversas (0,05% para 0,06%).
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