sexta-feira, 26 de abril de 2019

Suspeito de matar dono do Águas Finas levou família ao parque dias antes do crime


A polícia acredita que o homem pode ter feito imagens do estabelecimento para repassar aos outros suspeitos / Foto: Reprodução/Facebook

Foto: Reprodução/Facebook
JC Online

Um dos homens suspeitos de envolvimento no assalto que terminou com a morte do empresário Mário Cavalcanti de Gouveia Junior, de 79 anos, na terça-feira (23), teria visitado o parque aquático Águas Finas, no quilômetro 17 da Estrada de Aldeia, em Paudalho, Zona da Mata  de Pernambuco, com a família no domingo anterior à data do crime para mapear o local e repassar informações ao restante do grupo, que organizava a investida há cerca de 30 dias. Os detalhes foram repassados pela delegada Euricélia Nogueira, uma das responsáveis pela investigação do caso, em coletiva na manhã desta sexta-feira (26).
“Ele esteve lá, em tese, para se divertir como um cliente normal. Estava lá com a família, com a esposa e o filho”, falou Euricélia. A delegada ainda disse que o homem pode ter feito imagens do estabelecimento para repassar aos outros suspeitos. “Apesar de já conhecer o parque, ele pode ter filmado entradas para repassar.”
Ainda de acordo com  Euricélia Nogueira, a principal linha de investigação aponta que a motivação do crime tenha sido financeira. “Eles queriam as armas e há informação que foram roubados alguns valores, mas precisamos confirmar com a família da vítima. No entanto, nada pode ser descartado como motivação pessoal”, afirmou. A delegada explicou que ainda não conversou com a família sobre o que foi roubado, porque os familiares do empresário só tiveram acesso a casa depois que o trabalho de perícia foi concluído.

Prisões

Na quarta-feira (24) quatro suspeito foram presos pela Polícia Civil. Parte do grupo estaria em uma granja na comunidade de Passarinho, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Outra teria sido localizada em Chã de Cruz, em Paudalho, próximo ao local do crime. Além de Luciano, apontado como líder do bando, foram detidos Cícero Romão Henrique da Silva Pino, Leonardo do Nascimento Silva e Rodrigo Gomes da Silva.


Com eles, a polícia apreendeu uma espingarda calibre 12, uma metralhadora 9 milímetros, uma pistola 380, um revólver calibre 38 e uma segunda pistola .45, que pertencia ao empresário assassinado. Além do armamento, a polícia teria encontrado cinco munições calibre 12, 37 de 9 milímetros, 16 de calibre 380 e quatro carregadores. Os suspeitos também estariam de posse de 1,5 quilo de maconha prensada.

Outros casos

A delegada Euricélia Nogueira afirmou que a polícia investiga a participação do grupo em outras ações no Estado.  “É uma quadrilha muito grande que atua, com certeza, no Estado inteiro”, falou Euricélia. “Ontem (quinta, 23), o dono de uma granja de Paudalho procurou a polícia porque acredita ter sido vítima do mesmo grupo. Então, é provável que eles sejam responsáveis por muitas outras ações”, completou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário