Foto: Filipe Jordão/ JC Imagem
JC
O papel de Luciano Huck na política fica mais claro. E, acredite, ele não está pra brincadeira. Longe de ser um Sílvio Santos de 1989, agindo por oportunidade, Huck tem um plano e deixou transparecer isso em todas as vezes nas quais era chamado de “presidente”, nessa quarta-feira (02), em palestra no Recife.
Huck não quer só ser presidente, ele quer um espaço localizado a meio metro de tudo, para que possa contar com a política sem se deixar envolver por ela. Durante a palestra, reforçou sua atuação no RenovaBR e lembrou que o movimento ajudou a eleger candidatos à esquerda, ao centro e à direita. Num dia, janta com FHC, no outro defende propostas liberais de Bolsonaro e depois elogia a educação pública de Geraldo Júlio (PSB). Não importa o lado, importa o resultado.
Se o Brasil fosse uma praça com uma árvore, sob o PT vimos as raízes tomarem conta do passeio público. Bolsonaro é o trator necessário, disposto a limpar tudo e atropelar quem atrapalhar. Huck quer ser o que chega depois e planta uma nova árvore, em lugar seguro, proporcionando a sombra que todos desejam.
A intenção é boa, mas serão dois anos pra entender que lidar com deputados, senadores e magistrados atende a um caos que ultrapassa a natureza do programa de auditório. Tempo ele tem.
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